O governo federal vai reduzir a renda máxima familiar para que os estudantes tenham acesso ao Financiamento Estudantil (Fies).
Atualmente, podem se candidatar ao programa jovens com renda familiar de até 20 salários mínimos (R$ 15.760) – esses com direito a financiar apenas 50% das mensalidades -, mas o valor está sendo considerado excessivo atualmente, já que o salário mínimo vem subindo acima da inflação há pelo menos uma década. O novo teto ainda está sendo definido e deve ser divulgado nos próximos dias, mas não afeta os contratos atuais.
O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, informou que já para essa segunda edição serão usados novos critérios de seleção. Além de dar prioridade aos cursos com notas quatro e cinco, como na primeira edição deste ano, as regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste – com exceção do Distrito Federal – terão direito a mais vagas do programa, em uma tentativa de diminuir as desigualdades regionais.
A alteração na renda, segundo Janine, também visa a aumentar o acesso de jovens de famílias em vulnerabilidade econômica no programa. “Vai haver uma redução no teto de renda do Fies. Uma família com renda de cerca de R$ 14 mil é difícil de justificar o juro subsidiado”, afirmou o ministro. “Fizemos uma remodelagem para evitar isso”. Janine não informou qual será o novo teto, que deve ser anunciado nos próximos dias, quando for oficialmente anunciado o novo processo de seleção do Fies (AE).