A criação de uma agência de transporte de gás, nos moldes do Operador Nacional do Sistema (ONS), do sistema elétrico, serviria para “conciliar e maximizar” o uso da atual infraestrutura do setor, a partir da saída da Petrobras como principal ator do mercado.
O modelo ainda está em estudo pelo governo, segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Jorge Camargo. A previsão é que até outubro haja uma definição do modelo.
“A criação de uma agência central de transporte do gás natural, uma correlação com o Operador Nacional do Sistema (ONS), seria como uma coordenação independente que faria o papel de conciliar e maximizar o uso da infraestrutura, para o maior benefício dos consumidores”, explicou Camargo, na abertura do Seminário de Gás Natural promovido pelo IBP, no Rio.
A criação do órgão está em estudo no Ministério de Minas e Energia (MME), em conjunto com o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo o executivo, as discussões para a criação do novo órgão estatal ainda estão “longe de uma visão final”, mas integram um conjunto de “bons sinais” de “novos tempos” no mercado.
“Esse agente é uma coisa nova, uma ideia que está surgindo. O organismo permite que produtores e consumidores discutam diretamente sobre a commodity” (AE).