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Geração Z: Como ela pode ser vista como a nova força no ambiente corporativo

em Destaques
segunda-feira, 24 de junho de 2024

A Geração Z, composta por indivíduos nascidos entre meados dos anos 1990 e início dos anos 2000, está entrando no mercado de trabalho e trazendo consigo uma nova onda de dinamismo e inovação.

Explorar os benefícios que essa geração pode oferecer ao ambiente de trabalho está entre as ações que as empresas podem investir e aproveitar ao máximo o potencial desses jovens profissionais. A nova geração cresceu em um mundo digital, o que significa que eles são nativos tecnológicos. Eles trazem para o local de trabalho uma facilidade com a tecnologia que pode impulsionar a inovação e a eficiência.

Sua habilidade para se adaptar rapidamente às novas ferramentas digitais é um ativo valioso em um mercado em constante evolução. Além disso, a maioria possui uma mentalidade empreendedora, buscando sempre novas maneiras de resolver problemas e melhorar processos. Eles são motivados por desafios e têm uma abordagem ‘faça você mesmo’ para o trabalho, o que pode ser um grande impulso para a criatividade e o desenvolvimento de negócios.

“Eu vejo muitas vantagens em contratar jovens para compor o quadro de uma equipe. A primeira delas é a oportunidade de trazer uma perspectiva nova, sem vícios. Uma página em branco a ser preenchida. Isso é muito bom para o gestor se desenvolver e aprimorar suas habilidades no desenvolvimento de pessoas.

Outro ponto que vejo, é a oportunidade de desenvolver habilidades de liderança nos membros mais experientes da equipe, que podem atuar como mentores desses jovens. Para os jovens, sem dúvida, a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho e fazer parte da população economicamente ativa”, explica Leila Santos, coach e especialista em comportamento humano.

Para as empresas que buscam inovar e se manter competitivas, entender e integrar a Geração Z no local de trabalho é essencial. Ao reconhecer e apoiar os valores e habilidades únicas que esses jovens trazem, as organizações podem criar um ambiente de trabalho mais dinâmico, inclusivo e produtivo.

Para Leila, o preconceito de muitas empresas acaba atrapalhando todo o processo de crescimento de milhões de jovens que estão ingressando no mercado. “Existe muito preconceito e eu me preocupo demais com isso porque tenho filhos que estão em vias de entrar no mercado de trabalho.

Como profissional do desenvolvimento humano, participo de fóruns com profissionais de RH e percebo que a geração Z está completamente estigmatizada como sendo uma geração difícil, sem ambição, sem comprometimento. O maior equívoco é julgar os valores da nova geração a partir das lentes das gerações anteriores que estão decidindo as contratações”.

Não podemos declarar que os novos valores emergentes tais como saúde mental, bem-estar, equilíbrio vida pessoal e profissional levem necessariamente à falta de compromisso e ambição”. Leila aponta que um dos fatores que podem levar a mudança de mindset da nova geração é de não seguir os mesmos modelos mentais já existentes nas organizações.

“Esses jovens não entendem por que devem sacrificar a saúde física e mental para dar conta do seu trabalho. Eles veem em seus pais o futuro que os espera: pessoas que nunca tem tempo, que precisam de remédios para dormir, que lidam com assédio no trabalho e que estão sempre reclamando da empresa.

Precisamos encarar o fato de que não vamos mais encontrar jovens que reproduzam o modelo mental vigente nas organizações. E isso, não significa que eles não possam ser eficientes e produtivos”. Mas como ajudar a Geração Z a mostrar seu valor? – Leilas elenca três tópicos importantes de como superar o cenário atual e ajudar esses novos profissionais a se destacarem por suas competências e valores:

. Pais: melhorar a visão dos filhos sobre a relação com o trabalho, incentivar que os filhos participem de movimentos que ajudem no desenvolvimento dessas habilidades: ter responsabilidades dentro de casa, participar de agremiações na escola, fazer esporte coletivo, mais interações sociais, organizar eventos ou projetos domésticos.

. Empresas: acolher a diferença intergeracional e promover o desenvolvimento dessas competências através de mentoria e treinamentos.

. Jovens: buscar o autoconhecimento e autodesenvolvimento entendendo que o ambiente corporativo tem uma dinâmica própria e que algumas competências são fundamentais para que os negócios e a sociedade prosperem.

“Existe um descasamento entre o que a empresa espera do jovem e que o jovem espera da empresa, mas um precisa do outro. Vejo que o tema já está em pauta e com boa vontade de todos os envolvidos, vamos encontrar um caminho”, finaliza. – Fonte e mais informações: ([email protected]).