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FMI: economia arrisca ter ‘efeito devastador’

em Destaques
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Na sexta-feira (20), dia da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, o magnata republicano e, mais especificamente suas políticas econômicas anteriormente anunciadas, foram os principais assuntos do último dia do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Sem citar Trump formalmente no seu discurso, a diretora do FMI, Christine Lagarde, comentou sobre os riscos das promessas econômicas que o novo governo norte-americano pode adotar pelos próximos anos.
“Se as interrupções que estamos esperando para 2017 como resultado do que aconteceu em 2016 provarem ser todas negativas e nós terminarmos em uma corrida até o fundo nas frentes das taxas, do comércio internacional e da regulação financeira, então isso seria, para mim, um grande ‘cisne negro’ que deverá ter efeitos devastantes”, disse Lagarde.
Por “cisne negro”, a diretora quis se referir um acontecimento inesperado, que no caso seria a vitória de Trump à presidência dos Estados Unidos. Lagarde disse que as políticas protecionistas do novo governo norte-americano provavelmente “terão um impacto negativo na economia, ofuscando quaisquer ganhos positivos das medidas de estímulo econômico” e que um dos maiores riscos da economia mundial deste ano é uma corrida para regulações no comércio e um aumento de impostos.
Há dois dias, a diretora do FMI já havia comentado sobre as pretensões econômicas de Trump como presidente dos Estados Unidos. Na última quarta-feira (18), ela havia dito que não queria falar sobre as políticas do magnata e sobre o seu programa, “se existir um” (ANSA).