O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que medidas tomadas no início do ano para reequilibrar os preços relativos na economia já começam a surtir efeito em alguns setores.
Levy apontou, por exemplo, “crescimentos incipientes” na exportação industrial de alguns estados e aumento da participação de algumas empresas do setor no mercado doméstico.
“Pode ser um reequilíbrio da economia e pode ser um reequilíbrio muito interessante em termos de arrecadação, porque a do setor de manufatura e transformação tende a gerar uma arrecadação mais alta que outros setores”, informou o ministro, durante a abertura de uma reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), no Rio de Janeiro. Também participaram do encontro representantes de secretarias estaduais de Fazenda das 27 unidades da Federação.
Joaquim Levy afirmou que o Brasil foi beneficiado e aproveitou o ciclo de commodities, mas que a economia mundial hoje é mais difícil. Ele exemplificou a afirmação com crescimentos menores na China e dificuldades na Europa. “Teremos de trabalhar para vencer os desafios fiscais”, destacou. Acrescentou que gastos obrigatórios como o da Previdência e do seguro-desemprego têm crescido. Ele reconheceu que, de modo geral, a carga tributária contribui para o mercado ficar mais reticente, e que isso também acontece por causa de incertezas jurídicas quanto aos incentivos fiscais estaduais (ABr).