Preso na quinta-feira passada (27), no aeroporto de Cumbica, quando estava prestes a deixar o País rumo a Londres, o executivo Mariano Marcondes Ferraz aceitou pagar fiança de R$ 3 milhões para deixar a prisão na Lava Jato e cumprir medidas alternativas enquanto é investigado por suspeita de pagar propinas no esquema de corrupção na Petrobras.
O acerto foi feito na tarde de ontem (3), durante audiência do empresário com o juiz Sérgio Moro para definir sua situação. Apesar do pagamento, o executivo, que admitiu ter pago mais de US$ 800 mil em propinas ao ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, continuará proibido de deixar o Brasil, tendo seu passaporte retido pela Justiça, está proibido de mudar de endereço sem avisar Moro e ainda se comprometeu a comparecer em todos os atos do processo quando for intimado.
“Embora isso possa lhe trazer dificuldades profissionais, já que trabalha no exterior, trata-se de algo que o investigado terá que resolver por sua conta. Caso fosse mantido preso preventivamente, evidente que as dificuldades seriam ainda maiores”, assinalou o juiz Sérgio Moro. Executivo da Trafigura, e também representante da empresa Decal – ambas que já fizeram negócios com a Petrobras – Mariano Ferraz afirmou ao juiz da Lava Jato, por meio de uma petição de seus advogados, que está disposto a “colaborar na apuração dos fatos” (AE).