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Evite que seus talentos de tecnologia “fujam” para o exterior

em Destaques
quinta-feira, 31 de março de 2022

Trabalhar em uma empresa internacional tornou-se o sonho de diversos profissionais brasileiros: o status de ser colaborador de uma empresa global, receber salários cotados em outra moeda, ter a oportunidade de conhecer pessoas de várias nacionalidades e adquirir conhecimentos que o mundo pode proporcionar parece uma oferta tentadora.

De acordo com pesquisa do Datafolha, 56% dos jovens brasileiros com ensino superior gostariam de morar e trabalhar fora do país. E com o avanço do trabalho remoto, hoje é possível ter um emprego internacional até mesmo sem sair do Brasil.

Segundo Pedro Luiz Pezoa, CEO da Pointer, startup especializada em indicação de profissionais de alto nível no setor de TI, um dos principais atrativos dessas empresas é a possibilidade de ser pago em dólar, já que a moeda está muito mais valorizada que o real. No entanto, não é por isso que as empresas brasileiras devem ficar de braços cruzados.

“Por mais que a competição por esses profissionais seja difícil, é possível reverter a situação com mudanças de comportamento por parte da empresa. A saída para reter esses talentos passa por uma ótima cultura da empresa. Isso é essencial para o bom funcionamento dos negócios, e toda a cadeia produtiva deve se comprometer para que a cultura seja sempre seguida”, explica Pedro.

Por isso, aponta algumas medidas simples para manter os profissionais de tecnologia interessados em manter seus cargos em empresas brasileiras e ficarem longe de propostas internacionais:

  1. Reconhecimento – Além de repensar a remuneração dos funcionários, o profissional precisa ser reconhecido de outras formas também. Ao ter suas conquistas legitimadas, o sentimento de que está fazendo parte de algo maior na empresa cresce. É importante apresentar feedbacks e estar aberto a receber sugestões dos colaboradores. Assim, é possível criar um ambiente no qual o profissional tenha sua voz ouvida e sinta que suas ideias importam.
  2. – Autonomia – Dar liberdade para os funcionários trabalharem no modelo que preferirem – home office, híbrido ou presencial – em horários mais confortáveis para eles traz pontos positivos para a relação entre colaborador e empresa. Um exemplo é permitir que o profissional faça outras atividades na empresa (ou fora dela) se seu trabalho diário estiver completo. Além disso, a autonomia para aplicar ideias, projetos e melhorias para o trabalho é fundamental.
  3. – Desafios – O setor de TI é repleto de inovações e novidades interessantes todos os dias, por isso, manter profissionais desta área ‘dentro de uma caixinha’ é equivocado. Desafie sua equipe, faça rotação de atividades para que ninguém fique sobrecarregado com tarefas repetitivas. Oferecer novas qualificações, como cursos e treinamentos, também é interessante.
  4. – Cultura sem culpa – Em inglês conhecido como “Blameless”, essa prática empresarial significa reconhecer que toda equipe está entregando o melhor de si, e que se há um erro humano, é consequência de um erro de todo um sistema, e não culpa de alguém específico. A solução para o problema é ir a fundo nas causas e tentar resolver em equipe.

As melhores empresas do mundo aplicam o Blameless, reconhecendo que a cultura do negócio precisa ser boa para o desenvolvedor, para o designer e todos os outros profissionais, não apenas para o CEO. – Fonte e outras informações: (https://bepointer.net).