Os Estados Unidos negaram ontem (5) que o Governo do presidente Donald Trump chegou ao ponto, no ano passado, de planejar uma invasão militar da Venezuela, mas reconheceu que a opção continua sendo analisada como uma de muitas possíveis ferramentas para ‘ajudar o povo venezuelano a recuperar a democracia’.
“Não houve uma invasão planejada”, disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, órgão encarregado de centralizar a política externa, militar e de inteligência de Washington.
A fonte ressaltou, apesar disso, que os EUA vão continuar considerando “todas as opções que tem disponíveis”, incluindo a via militar, “para ajudar o povo da Venezuela”. O porta-voz, que pediu o anonimato, reagia assim aos relatórios de imprensa, segundo os quais Trump levantou em agosto do ano passado com alguns de seus principais assessores a possibilidade de invadir a Venezuela.
A fonte confirmou que Trump perguntou pela via militar, mas disse que o que queria era “pedir opções” para a equipe a fim de ter um leque entre o que escolher em relação ao ‘desastre humanitário que estava acontecendo na Venezuela’. “Perguntou sobre a opção militar, sobre a ajuda humanitária, sobre as sanções, sobre a cooperação internacional contra o regime de Maduro.
O funcionário não esclareceu se houve conversas sérias sobre a possibilidade de uma invasão. O porta-voz qualificou informações que surgiram na imprensa sobre o tema de “sensacionalistas”, porque chegam muitos “meses depois do episódio e se centram apenas em uma das opções” que os EUA consideraram, sem fixar-se na sua atuação na prática (Agência EFE).