A Cognizant, uma das empresas líderes mundiais em tecnologia e negócios, apresentou um estudo com dicas para as empresas superarem a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo a consultoria, a prioridade neste momento deve ser a saúde das equipes, com o planejamento para a reabertura econômica e também para a adaptação da população ao “novo normal”.
“É muito fácil desenhar a pandemia causada pelo novo coronavírus como uma única onda de destruição”, comenta Roberto Wik, diretor de indústria e varejo da Cognizant para a América Latina. “Entretanto, devemos dividir os impactos em três áreas: saúde, profissional e socioeconômica. Na saúde, a mais urgente, precisamos garantir a saúde de todos, e também garantir o acesso a atendimento médico e a serviços básicos, como alimentação e higiene”.
Já na área profissional, os impactos não estão muito claros. “É uma questão que preocupa muita gente. Muitos trabalhadores estão perdendo seus empregos, e os donos de empresas têm dúvidas se serão capazes de manter seus negócios. A única certeza? A pandemia fará com que muitas empresas invistam mais em novas tecnologias para reduzir custos e impulsionar o crescimento” comenta Wik.
Por fim, na área socioeconômica, há a certeza de que as atividades econômicas serão retomadas em algum momento, mas o impacto da pandemia na sociedade e em todas as indústrias será profundo e duradouro. O estudo também aponta caminhos para os tomadores de decisão nas empresas. O primeiro quesito mencionado é a segurança. “Os executivos em posição de liderança precisarão aprender não somente como se recuperar dessa crise, mas como impulsionar os negócios por meio da rápida e necessária digitalização que a pandemia nos propiciou”, recomenda Wik.
É também imperativo que as empresas se preparem para o “novo normal” – o que quer que isso signifique. Cada indústria precisa prever os impactos em sua área, gerenciar sua cadeia de suprimentos, digitalizar tudo o que for possível, fazer planos de contenção de gastos e investir na experiência do consumidor. Para tanto, faz-se necessário que as empresas se modernizem rapidamente e automatizem e redesenhem processos para aumentar a produtividade e lançar produtos e soluções para o novo perfil de consumidor que está por vir.
Por fim, todas as indústrias precisarão se repensar, procurar novas parcerias e gerenciar dívidas e liquidez. Além disso, o estudo apresenta oito maneiras de sair mais forte da crise:
1) – Repense seu programa de armazenamento de dados. Muitas empresas guardam uma quantidade de dados que não gera nenhum valor para seu negócio e geram gastos desnecessários de armazenamento. É preciso definir quais tipos de informação são essenciais para o funcionamento do seu negócio e como devem ser armazenados, em conformidade com as leis de proteção de dados do país onde você atuar. Se precisar, faça uma avaliação.
2) – Esqueça todos os softwares ultrapassados. O Cobol, linguagem de programação criada em 1959, ainda movimenta US﹩ 3 trilhões por dia. E, apesar de muitas empresas sentirem que programas antigos estão atrapalhando seus negócios, elas também não sabem quais devem ser substituídos e por quê. Mais uma vez, uma avaliação pode ajudar na identificação de quais aplicações são mais suscetíveis a serem modernizadas.
3) – Modernize seus processos de trabalho. Por causa da pandemia, muitas empresas foram obrigadas a criar protocolos de trabalho remoto, que antes não existiam, para continuar operando. Com a retomada da economia, a tendência é que o trabalho remoto continue sendo adotado por certo período. As organizações precisam oferecer plataformas e processos que permitam a interação dos colaboradores e não afetem a sua produtividade.
4) – Modernize a experiência dos seus clientes. Por causa das medidas de isolamento social, o atendimento aos clientes tem sido feito a distância. Esse é um hábito que deve continuar na pós-pandemia, como a telemedicina. Será necessário investir em interfaces de aplicações voltadas para o consumidor.
5) – Desenvolva softwares para a nova economia. Cada vez mais, os clientes valorizam fatores como a experiência de consumo de um produto ou serviço. Assim, é imperativo que as empresas se adaptem e automatizem certos processos para agilizar o atendimento. Isso só é possível com softwares mais avançados. Ferramentas modernas e métodos como a engenharia ágil já auxiliam bancos e seguradoras nesse quesito. Mas também pode ser a hora de explorar novos métodos e buscar resultados.
6) – Digitalize o trabalho. Além da modernização de processos, também é necessário digitalizar o trabalho realizado. O home office, muitas vezes compulsório durante a pandemia, exige que todos os colaboradores consigam acessar suas ferramentas de trabalho a distância. Como a maioria das empresas já possuía essas ferramentas, isso facilitou muito o sucesso do teletrabalho repentino, que afetou até mesmo indústrias que antes ofereciam certa resistência ao home office, como atendimento médico e psicológico e aulas on-line.
7) – Modernize sua estrutura na nuvem. Muitos departamentos de TI já tinham começado essa migração mesmo antes da pandemia. Mas, agora, o argumento de redução de custos operacionais é cada vez mais uma necessidade e as empresas devem passar para a nuvem tudo o que for possível. Essa migração, é claro, requer uma estrutura capaz de oferecer suporte a todos esses novos processos que ocorrem na nuvem. Também requer um sistema de segurança robusto, que proteja todos os dados armazenados de eventuais falhas e ataques.
8) – Invista em espaços inteligentes (e seguros). Uma preocupação comum de todos os colaboradores é como voltar a trabalhar em escritórios sem expor ninguém a um risco de contaminação. A Internet das Coisas é uma tecnologia que pode ajudar escritórios e prédios comerciais nesse processo. Com a instalação de câmeras e sensores em elevadores, portas e ambientes compartilhados, podemos obter dados que melhoram a segurança e promovem experiências mais confortáveis aos colaboradores. É claro, a higiene deverá ser reforçada.
Fonte e mais informações: (www.cognizant.com.br).