Ale Boiani (*)
Você sabia que ao fazer um planejamento financeiro e vislumbrar investimentos e grandes aplicações é necessário primeiro levar em conta uma pirâmide de prioridades sobre a sua própria vida, garantindo seguros que vão trazer tranquilidade – para então, depois disso, seguir para novos objetivos ligados ao seu patrimônio?
Não que a parte de alocação dos investimentos e análise de perfil de risco não sejam importantes, mas essa etapa está um pouquinho mais pra frente do que o começo do próprio planejamento. A primeira coisa que a pessoa precisa fazer é aprender a poupar, fazer o controle das despesas e custos que tem no dia a dia, e, para isso, é preciso ter algum “ganho” ou geração de receita.
Então, quando vamos colocar isso em uma pirâmide, considerando o que é a base do planejamento financeiro, a primeira coisa que vamos avaliar é o fato de o cliente ter que gerar algum tipo de renda, de ganho, para que o profissional que atua com o planejamento possa fazer o restante do trabalho.
Antes de falarmos sobre investimentos com os clientes que buscam planejar a sua vida financeira, sempre priorizamos o que chamamos de “controle de riscos”, que é nada mais nada menos do que montar a estrutura de seguro de saúde, para que não aconteça o caso de a pessoa ter um problema de saúde, por exemplo, e acabe tendo que “torrar” todo o dinheiro que demorou anos para guardar.
Para isso, sempre valorizamos uma cobertura de “doenças graves”, que vai ser complementar a algumas especialidades que muitas vezes o seguro saúde não cobre em sua totalidade, e evitando até mesmo que a pessoa acabe usando o seu patrimônio para custos com medicações ou ajustes na própria rotina que tenham despesas ainda maiores, caso seja algo coisa mais grave.
Também sugerimos e sempre levamos em consideração a cobertura de “invalidez laborativa”, no caso de ocorrer algum acidente ou situação inesperada e a pessoa deixar de gerar renda. Logo após essa “cobertura” e a garantia de tranquilidade quando o assunto é saúde, jamais deixamos de fora o seguro de vida, no caso de o provedor vir a falecer de uma maneira prematura.
Vários outros seguros também são importantes para garantir tranquilidade e iniciar um bom planejamento financeiro, fazendo escolhas cautelosas sobre o próprio futuro. É importante lembrar que cada pessoa tem as suas particularidades e necessidades que vão além desses seguros citados. Dentro do seguro de vida, por exemplo, existe a “ferramenta” de sucessão empresarial – para quem atua como pessoa jurídica e/ou tem empresas e sociedades.
Essa cobertura auxilia financeiramente empresas e familiares quando um dos sócios vêm a falecer ou precisa se afastar de maneira definitiva. Nesses casos, os sócios da empresa passam a ser beneficiários do sócio em questão para poder comprar a parte da família e redistribuir as cotas de quem fica.
Também podem utilizar este valor para injetar capital na empresa e contratar um executivo que tome a frente dos negócios que este sócio cuidava anteriormente.
Com isso, podemos resumir que os seguros têm papel fundamental e estrutural em um planejamento financeiro, pois eles blindam o patrimônio e minimizam riscos.
Só após garantir que a base da sua pirâmide esteja sólida, é que o profissional que vai cuidar do seu planejamento vai pensar em acumulação de capital, pegar parte desse valor e ir criando estratégias de investimentos, aplicações visando os seus planos em curto, médio e longo prazo, entre outros objetivos – unindo isso à tranquilidade que só os seguros promovem.
Depois que o capital está acumulado, fica mais fácil ir fazendo a constituição do patrimônio do cliente de forma sólida, parando para pensar em ‘pontos’ um pouco mais sofisticados e até mais “ousados”, como a questão de diminuir carga tributária, pagar menos impostos, entre outras especificidades.
(*) – É CEO, gestora e fundadora do grupo financeiro 360iGroup (https://360igroup.com.br/).