Investidores chineses estão interessados em diversos ativos de geração no Brasil, disse o presidente da Câmara Brasil-China, Charles Tang.
“Neste momento, o Brasil é um país que dá bons retornos”. Ele explicou que o interesse vai desde ativos existentes e em construção a projetos ainda a serem contratados e fornecimento de equipamentos e serviços de engenharia. “Estamos conversando com seis empresas, só de geração, fora empresas de fabricação de equipamentos, fundos de investimentos”, disse.
Enquanto os geradores querem o controle e a operação dos ativos, as chamadas epecistas (empresas de engenharia e construção) querem fornecer equipamentos e conseguem obter financiamentos para a importação de equipamentos, e fundos de investimentos querem participação minoritária, além de fabricantes de equipamentos interessados não só em fornecimento como também em participação nos projetos
Entre os negócios em andamento, Tang citou 750 MW de complexos de energia eólica, entre projetos operacionais e em construção, que está em análise por uma empresa ainda não instalada no País e que já assinou uma carta de intenções. Segundo o representante, também estão sob negociação uma hidrelétrica, duas térmicas de 3 GW e outros 600 MW de energia solar, entre projetos já com contratos assinados e outros ainda para serem vendidos.
Tang acredita que alguns negócios devem ser fechados neste ano entre empresas chinesas já instaladas e outras que ainda não estão no País. “Temos muitas empresas chinesas que ainda vão ser notícias de jornal”, disse. Questionado se a mudança no governo brasileiro modificou de alguma forma os negócios em andamento, Tang disse que a “a China não quer saber o que você faz dentro de casa, só quer saber se o negócio é bom” (AE).