Boas ideias costumam aparecer sempre, seja por meio de um insight pessoal, um brainstorm em equipe ou alguma inspiração vinda de algo já existente. No entanto, transformar a ideia em produto é uma das etapas mais delicadas de um negócio. “Muita gente falha nesse momento, o que acaba se transformando no vale da morte do empreendedorismo”, define Tallis Gomes, co-fundador do Gestão 4.0 e CEO da Singu.
Por conta desta dificuldade que acontece, na maioria das vezes, por falta de orientação, o empreendedor mostra cinco dicas para quem quer tirar do papel uma boa ideia em 2021. Confira:
- – Crie o seu MVP – Para começar, em vez de focar no produto final em si, pense em qual é o valor entregue e qual é o problema resolvido por ele? Com isso em mente, construa o seu Produto Mínimo Viável – ou Minimum Viable Product (MVP) -, um protótipo do seu negócio que deve entregar o centro do seu valor para o cliente e não uma versão inacabada.
Por conta disso, o MVP deve ser construído da maneira mais simples, rápida e demandar o menor investimento possível para validar se a sua solução é viável ou não. “A rapidez para lançar este produto é essencial para o empreendedor receber logo o feedback necessário e fazer os ajustes dentro de um processo contínuo de evolução”, explica Gomes.
- – Cobrar ou não cobrar? – A decisão de cobrar ou não pelo serviço/produto que será lançado é um dos pontos mais polêmicos quando estamos no estágio do MVP. Alguns negócios dependem mais da criação de uma massa de usuários para decolar e conseguir um investimento do que do pagamento de cada usuário, como acontece no Facebook, por exemplo.
De qualquer forma, o importante nesta etapa é observar como os usuários se comportam e o que realmente poderia gerar valor. Portanto, antes de pensar em cobrar, avalie o que você quer com o produto e de onde virá o dinheiro.
- – Foco nos nichos – A solução em desenvolvimento deve ser direcionada para um nicho específico de mercado, já que é muito mais eficiente atender bem um grupo delimitado de pessoas do que atender um grande número de clientes.
Para fazer isso, entenda a fundo o problema dos seus usuários e teste incansavelmente a sua solução para que ele se desenvolva da melhor maneira possível e, assim, comece a alcançar mais pessoas naturalmente.
- – Meça o nível de satisfação dos usuários – Já com os primeiros usuários utilizando o produto, uma metodologia eficiente para avaliar o nível de satisfação ou insatisfação dos clientes é o Net Promoter Score (NPS), criada pela Brain & Company, uma consultoria de negócios norte-americana. A ferramenta quantifica, de zero a dez, se os clientes recomendariam a solução para outras pessoas.
As avaliações determinam três grupos de clientes: promotores, aqueles que deram nove ou dez para a companhia e que são defensores naturais da empresa; neutros, aqueles que avaliaram com uma nota de sete ou oito e que não ajudam e nem atrapalham a marca; e detratores, que representam os que deram uma nota entre zero e seis e que falam mal da empresa por não terem tido uma boa experiência.
“Além de utilizar o NPS, recomendo perguntar para o usuário o que a empresa deve fazer para merecer um dez. Com isso, surgem insights muito interessantes e um feedback sincero, tanto de quem ama a marca, quanto do lado de quem odeia”, revela o co-fundador do Gestão 4.0
- – Adequação do produto ao mercado – Product Market Fit é o termo utilizado para avaliar o desempenho de um produto dentro de um determinado mercado. A ferramenta possibilita o mapeamento da sua posição entre os consumidores, direcionando a empresa para o caminho certo, além de proporcionar alterações em caso de resultados ruins.
“É só colocando a solução em prática que o empreendedor conseguirá desenvolver o melhor produto para o seu nicho. Um produto ou serviço não nasce verticalmente da cabeça de um empreendedor e é aceito pelos consumidores sem nenhuma crítica. Uma boa solução surge de uma construção coletiva constante”, completa Gomes.
Fonte e outras informações: (www.gestaoquatropontozero.com).