O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse ontem (13), que a citação ao seu nome em delações premiadas não é motivo para sair do governo.
“Em time que está ganhando não se mexe”, afirmou o chefe da Casa Civil. “Só citação de delator não é motivo para nada”.
Homem forte do governo e fiador da reforma da Previdência, Padilha retornou ao Palácio do Planalto após 21 dias de licença.
Ao chegar, o chefe da Casa Civil participou de uma reunião com o presidente Temer. Questionado se faria um pronunciamento para esclarecer acusações de delatores da Odebrecht, segundo as quais teria recebido R$ 4 milhões da empreiteira na campanha eleitoral de 2014, Padilha respondeu que não. “O presidente Temer já firmou a linha de posicionamento do governo”, argumentou ele, numa referência ao parâmetro estabelecido por Temer para que ministros deixem a equipe.
Pela linha de corte fixada por Temer, quem for denunciado será afastado para investigação. Se algum auxiliar virar réu, porém, terá de sair do governo. “Não vou falar sobre o que não existe”, insistiu o chefe da Casa Civil. “Está tudo baseado num delator. Qualquer fala agora vai ser prejudicial à investigação e a mim. Então fico quietinho” (AE).