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E-commerce: 4 dicas para reduzir fraudes em importações

em Destaques
sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Fábio Baracat (*)

Um estudo encomendado pela plataforma de pagamentos Nuvem estima que o e-commerce brasileiro crescerá a uma taxa anual de 20% nos próximos anos, passando de US$ 211 bilhões em 2022 para US$ 400 bi em 2026. O país, hoje, é responsável por mais de 40% do volume total das vendas online na América Latina e é um dos principais mercados buscados por varejistas asiáticas em expansão internacional.

Dados da Nielsen apontam ainda que produtos comprados por brasileiros em e-commerces internacionais têm um valor bruto estimado em R$ 22,7 bilhões, o que representa 21% do total do comércio eletrônico nacional. Com esse aumento do consumo de produtos importados, um dos grandes desafios para o governo e o setor privado brasileiros são as fraudes no cross border.

Essas práticas irregulares vêm criando um verdadeiro camelódromo digital e trazem prejuízos para o mercado doméstico. Porém, é possível reduzir os danos com algumas ações estratégicas. Veja aqui quatro dicas para evitar fraudes em importações:

  1. Apoio na legislação
    Já existem iniciativas de combate à evasão fiscal de e-commerces e as empresas que se adequarem aos quesitos podem sair na frente. O Programa Remessa Conforme, por exemplo, oficializado pelo Ministério da Fazenda e pela Receita Federal, tem como objetivo estabelecer um tratamento aduaneiro mais célere e econômico para organizações que cumprirem voluntariamente os critérios definidos na Instrução Normativa 2146/2023, que traz um conjunto de exigências aos atores do comércio eletrônico internacional.
  2. Certificação dos vendedores
    Outra medida importante no combate a ilegalidades é a certificação de sellers, uma forma de atestar a idoneidade dos vendedores. Hoje, já é possível contar com essa solução por meio de uma plataforma com foco em cross commerce. Em parceria com a SGS (Société Générale de Surveillance), líder mundial em inspeção, verificação, testes e certificação, o selo comprobatório fornecido demonstra às autoridades brasileiras a integridade do vendedor.
  3. Digitalização
    Uma nota fiscal eletrônica padronizada para o cross border é um passo importante para a fluidez nas operações. A solução e-Invoice, por exemplo, realizada em parceria com a SGS, padroniza a declaração financeira no comércio internacional e assegura a emissão e unificação de todos os dados em um só documento, assinado via blockchain, tecnologia de alta confiabilidade.
  4. Inovação
    Com plataformas de cross commerce no mercado para apoiar a operação cross border das empresas, já é possível contar com a integração de todas as etapas de um processo de importação. Essa inovação fornece uma visão muito mais completa dos caminhos da remessa e ainda contribui para processos mais transparentes, o que ajuda no combate a ilegalidades. Aqui ainda vale destacar a importância de buscar empresas com foco nesse avanço tecnológico e que estão realmente preparadas para garantir o compliance da organização com as leis aduaneiras, inclusive no processo de adequação ao Remessa Conforme.

(*) CEO da Sinerlog, empresa especializada em tecnologia Cross Commerce – E-mail: [email protected]