O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, evitou comentar o fato de a presidente da República, Dilma Rousseff, ter assinado um decreto que tira poder dos comandantes militares.
Segundo o ministro, a possibilidade do decreto ser revogado não foi discutida durante a reunião da coordenação política realizada na manhã de ontem (8).
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse que a intenção do governo não era enfraquecer o papel dos militares e eventuais erros no texto ainda poderiam ser corrigidos, já que o decreto só entra em vigor 14 dias após a publicação.
Pelo texto, passa a ser competência do ministro da Defesa assinar atos relativos a pessoal militar, como a promoção aos postos de oficiais superiores. Hoje, esses atos são assinados pelos comandantes militares. A medida foi recebida com “surpresa” e “desconfiança” pela cúpula militar, que não foi informada da decisão tomada pela presidente (AE).