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Curiosidades sobre importação e exportação de chocolate no mundo

em Destaques
domingo, 19 de maio de 2024

Quem não gosta de um bom chocolate? De acordo com um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicap), o consumo per capita da iguaria aumentou de 2022 para 2023 no país: de 3,6 quilos para 3,9 quilos.

A produção também cresceu, passando de 760 mil toneladas para 805 mil toneladas, um aumento de 6%. Além disso, o Brasil é o segundo maior consumidor de ovos de Páscoa no mundo. São mais de 60 milhões de unidades do produto consumidas nesse período. Mas a história do chocolate não começa e nem pára por aí.

De acordo com Helmuth Hofstatter, CEO e fundador da Logcomex, empresa que oferece tecnologia para o comércio exterior por meio de uma plataforma completa end-to-end, , é interessante saber que o Brasil é um grande exportador de cacau em pós, manteiga ou pasta de cacau. “É a matéria-prima do chocolate que costumamos consumir. Em 2023, foram exportadas 47 mil toneladas”, conta. Os principais destinos foram Argentina (53%), Estados Unidos (19%), Chile (12%), Holanda (4%) e Canadá (3,4%).

O país também exportou 41 mil toneladas da categoria “chocolate e outras preparações alimentícias contendo cacau” no mesmo ano, representando US$ 167 milhões. Os principais destinos foram similares: Argentina (29%), Estados Unidos (12%), Chile (10%), Uruguai (9,4% e Paraguai (8,2%).

“Podemos destacar que em 2023 o Brasil recebeu, inclusive, o certificado “país com cacau 100% fino e de aroma” pelo segundo ano consecutivo. É um certificado emitido pela Organização Internacional do Cacau (ICCO, na sigla em inglês)”, explica. Já com relação às importações, o Brasil importou, em 2023, 35 mil toneladas de “cacau em pó, manteiga ou pasta de cacau”, a um valor de US$ 99 milhões.

Os principais fornecedores foram Indonésia (21%), Costa do Marfim (15%), Países Baixos (12%), Uruguai (11%) e Malásia (10%). “Por outro lado, da categoria “chocolate e outras preparações alimentícias contendo cacau”, que representam maior grau de industrialização, importamos 19 mil toneladas em 2023”, afirma Hofstatter.

Os principais fornecedores foram Argentina (29%), Suíça (15%), Alemanha (13%), Bélgica (8,3%) e Índia (7,8%). Muitos chocólatras podem não saber: mais de 70% de todo o cacau produzido no mundo é oriundo da África, sobretudo Costa do Marfim e Gana.

Em contrapartida, os principais países importadores do doce – em análise per capita – estão localizados na Europa, posição que perdura há mais de 100 anos. Em 2023, a estimativa era que 45% de toda a demanda mundial viria do velho continente, países como Suíça, Áustria, Estônia, Irlanda, Alemanha, Reino Unidos e Noruega.

Muitas vezes, o material produzido nos países africanos passa por um processo de industrialização, principalmente na Europa, até chegar nas prateleiras. E como os países africanos detêm grande parcela da produção, é natural que uma queda em sua oferta provoque um aumento de preços observado internacionalmente, como vem acontecendo. – Fonte e mais informações: (https://www.logcomex.com/).