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Confira 4 dicas de como o compliance beneficiará o seu comércio

em Destaques
quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Identificar o ROI do compliance no comércio pode ser um processo difícil para muitas organizações, pois o retorno do compliance é muitas vezes intangível. Como o compliance tende a ser mais focado na prevenção, seu retorno está mais voltado a evitar penalidades fiscais do que gerar receita.

Nossa experiência ao trabalhar com clientes, cobrindo quase todas as grandes indústrias, nos mostra que existem diversas maneiras em que uma forte cultura de compliance possa prover benefícios para uma organização. Organizações que precisam de tempo para olhar para irregularidades devem ser beneficiadas por programas robustos de compliance de exportação, que são menos propensos a potenciais violações.

Por fim, existem dois componentes maiores para um programa de compliance de sucesso – apoio total com participação de profissionais que tenham iniciativa e atenção ao detalhe para identificar sinais de alerta, além de ferramentas que possam verificar o status de compliance de potenciais parceiros e da equipe.

1 – Uma forte cultura de compliance – Para que as organizações verdadeiramente vejam os benefícios do compliance no comércio, é importante que não haja apenas uma aceitação da sua necessidade, mas que ele caiba dentro dos valores e da cultura da empresa.

O compliance não deveria ser apenas sobre garantir que as organizações estejam obedecendo à lei, mas sim parte de sua missão e visão, sendo algo reforçado pela liderança. Até porque se o gerenciamento não apoia a ideia, os responsáveis pelo compliance não entenderão a sua importância.

Fazer com o que gerenciamento reconheça esse valor pode ser uma tarefa difícil, pois frequentemente esse departamento está focado em cifras. Existem, porém, alguns benefícios que podem ser facilmente comunicados e traduzidos diretamente aos ganhos financeiros:

  • Atrair e reter pessoas qualificadas para trabalhar na organização
  • Ganhar e fortalecer a confiança dos clientes
  • Construir uma reputação forte no mercado
  • Melhorar a moral dos colaboradores e a ética de trabalho
  • Desenvolver cortesia com agências governamentais e reguladoras
  • Desenvolver uma forte cultura ajuda em todas as facetas da organização. Como Louis V. Gerstner Jr. disse certa vez: “Cultura não é apenas um aspecto do jogo. No final, uma organização não é nada mais do que a capacidade coletiva de suas pessoas criarem valor.”

2 – Os custos do compliance – Uma das razoes comuns para que os responsáveis pelo compliance experienciem resistência por parte do gerenciamento, são os custos associados com o desenvolvimento de um programa de compliance. O compliance é frequentemente visto como algo no caminho dos negócios, causando ineficiência, aumentando despesas gerais.

Embora possa ser verdade que certos departamentos de compliance sejam ineficientes, esses obstáculos podem ser facilmente superados. Atualmente, uma porção significativa dos processos pode ser automatizada ou integrada em fluxos de trabalho existentes. Transações não precisam mais ser colocadas em espera, para que todas as partes sejam rastreadas e autorizadas, ou até que a documentação seja produzida manualmente.

Estar em compliance não deve ser um fardo, como costumava ser. A automação permite que os negócios façam mais com menos, reduzindo o número de horas necessárias para permanecer em compliance sem aumentar (e em muitos casos até reduzir) o total de gastos.

3 – Compliance que atende às suas necessidades – A forma em que uma organização aborda o compliance depende de um número de fatores, incluindo indústria, tolerância aos riscos etc. Por exemplo, o foco de uma instituição financeira será significativamente diferente de uma que esteja focada em pesquisa.
O programa de compliance deve ser feito sob medida para o negócio. Ao preparar um discurso de gerenciamento, é vital considerar as necessidades primárias da organização e de seu setor de atuação, pois assim será mais fácil destacar os benefícios do programa de modo que possa ser facilmente compreendido.

Por exemplo, na indústria financeira, organizações vão querer concentrar esforços em como seus programas sugeridos ajudam a manter a organização alinhada com as regulamentações estabelecidas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC).

Já na indústria de pesquisa, uma instituição pode escolher focar em como as soluções recomendadas podem endereçar exportações previstas e em trabalhar com pessoas residentes no exterior. Nossa experiência mostra que, independentemente das necessidades da indústria, há uma solução de compliance a ser endereçada.

4 – Trabalhando com vendedores terceirizados – O compliance é um processo complexo e requer esforço contínuo e apoio de toda a organização. Requer que seja adotada certa mentalidade em termos de “como fazer”, nos negócios e em geral. Para muitas organizações, o compliance é uma preocupação grande demais para ser internalizada em sua completude.

Soluções terceirizadas e consultores são frequentemente necessários para maximizar a eficiência de processos internos. Embora trabalhar com terceiros tenha um preço, a parceria com especialistas em compliance traz diversos benefícios. Tais especialistas focam em interpretar e entender as regulamentações governamentais.
Seus negócios giram em torno de atualizações relacionadas às mais recentes mudanças realizadas pelas agências governamentais, responsáveis pelas regulamentações em compliance no comércio internacional, assim como em casos que possam impactar em como tais regulamentações possam ser interpretadas pelas cortes.

Sua expertise pode ser preciosa, garantindo que organizações estejam sempre atualizadas com o status de compliance de vendedores, colaboradores e parceiros de negócios, prevenindo assim violações futuras. Até porque, os melhores programas de compliance são os proativos (e não os reativos). – Fonte e outras informações: (www.descartes.com.br).