
Empresa registra ganhos de produtividade de até 50% com uso estratégico da inteligência artificial
A Objective, multinacional brasileira especializada em experiências digitais e transformação de negócios, apresenta os resultados de sua jornada na implementação estratégica de Inteligência Artificial (IA) em seus processos de desenvolvimento, revelando não apenas ganhos significativos de produtividade, como também um novo padrão no perfil do profissional de tecnologia.
A companhia constatou que a IA representa uma mudança de paradigma maior do que todas as outras já vividas pelo setor, transformando a maneira como o desenvolvimento de software é conduzido. Em testes internos e com clientes da Objective, os ganhos de produtividade ultrapassaram os 80% em determinadas tarefas, com a IA deixando de ser apenas uma assistente para assumir um papel ativo na execução.
“Validamos o uso da IA como executora, ou seja, quando comandada por um profissional para realizar o trabalho de maneira autônoma, em velocidade de máquina, traz resultados expressivos. No entanto, isso exige um novo conjunto de habilidades dos nossos colaboradores”, afirma Leandro Saran, COO da Objective.
IA como diferencial entre profissionais
Um dos insights mais relevantes obtidos pela Objective é que a IA está se tornando um divisor de águas entre profissionais. Aqueles que conseguem utilizar as novas tecnologias à favor, com contexto, instruções precisas e segurança, estão conquistando resultados relevantes em produtividade e eficiência.
O Tech Lead da Objective, Ricardo Aguiar Rueda, é um exemplo de profissional que se beneficiou com a IA nos projetos da empresa. “Comecei a usar ferramentas de IA em projetos e consegui ganhos de produtividade de 30% a 50% em alguns casos. Em uma situação específica, resolvi em duas horas um bug que levaria pelo menos um dia sem o auxílio da IA. Em outro projeto, repliquei uma lógica em 30 arquivos em apenas 2 minutos, economizando cerca de 3 horas de trabalho”, informa.
O novo papel do engenheiro de software
A Objective identificou que o papel do engenheiro está evoluindo para o de líder e instrutor da IA, exigindo conhecimento técnico aprofundado para revisar, corrigir e ensinar a IA a não repetir erros. Isso não significa que profissionais juniores serão substituídos, mas que a dinâmica de trabalho está mudando fundamentalmente.
Para maximizar os benefícios, a empresa desenvolveu um sistema próprio que orquestra diferentes IAs para tarefas específicas, com agentes especializados para diferentes funções no processo de desenvolvimento, sempre com foco na segurança e privacidade dos dados dos clientes.
O perfil do profissional do futuro
Maria Fernanda Merenda, Diretora de Gente e Gestão da Objective, aponta que o futuro profissional de TI precisará desenvolver e aprimorar as seguintes skills:
• Base sólida de formação técnica e domínio de conceitos
• Capacidade analítica e visão consultiva de negócios
• Adaptabilidade e aprendizado contínuo
• Iniciativa para acompanhar a evolução tecnológica
• Habilidades interpessoais além do conhecimento técnico
• Conhecimentos em segurança, proteção de dados e ética para IA
“Com a intensificação do uso de IA, fica evidente que o profissional de TI precisa ir além da base tecnológica. A otimização do tempo de entrega libera os colaboradores para tarefas que exijam criatividade e visão estratégica do negócio”, destaca a Diretora.
Implementação gradual e mensuração de resultados
A empresa adota uma estratégia de implementação gradual, iniciando pelos líderes e alguns “champions” de equipe, e está desenvolvendo métricas específicas para mensurar os ganhos de produtividade em diferentes contextos.
Para Saran, apesar de ainda existir resistência à adoção da IA por falta de métricas consolidadas em alguns setores, assim como ocorreu na Revolução Industrial, a IA não eliminará empregos. “A IA transformará funções, exigindo que os profissionais evoluam para controlar, pilotar e treinar essas tecnologias, afinal os negócios demandam adaptação a um mercado cada vez mais volátil e toda essa aceleração logo será consumida para impulsionar novas estratégias”, finaliza.