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Como manter a saúde financeira de uma PME em tempos de crise?

em Destaques
quarta-feira, 10 de junho de 2020

Segundo dados do Sebrae, 98% das empresas do estado de São Paulo são de micro e pequeno porte. No Brasil, esse número representa 99% do total. Mas, neste momento de crise e isolamento social, essas são as empresas que mais sofrem com seu fluxo financeiro. Muitas, inclusive, deverão fechar suas portas.

Como uma healthtech, a Cuidas leva médicos de família para dentro das empresas, cuidando da saúde de seus colaboradores. Mas neste momento, também têm se preocupado com a saúde financeira das empresas. Por isso, a equipe financeira da empresa desenvolveu do material que contém algumas dicas para se colocar em prática nesse momento e manter os pés no chão em meio à crise. Confira abaixo:

1. Defina os pilares da sua empresa – Liste as diretrizes que irão sustentar a estratégia durante o período de crise e utilize-as para suas tomadas de decisão. Dica: O que não pode faltar nesse documento: Pessoas, Finanças, Clientes, Vendas e Suprimentos. Essa atitude é um bom balizador para empresários, executivos e líderes na tomada de decisão, principalmente, para questões em que não há uma solução sem prejuízo para alguma parte envolvida.

Um exemplo simples que ilustra essa situação e que deve ter sido dilema para muitas empresas em meados de março seria o seguinte: em tempos de coronavírus, a empresa tem cozinha própria e deve decidir entre colocar os colaboradores em home office, aumentar os gastos com reembolso de refeição durante este período e manter a cozinheira no quadro de funcionários mesmo que ela não esteja trabalhando ou expor todos no transporte público e no convívio intenso do ambiente de trabalho.

2. Simule cenários – Defina as premissas para cada um deles estimando: queda nas vendas, tempo de home office, disponibilidade de caixa, necessidades de aporte ou empréstimos, entre outros fatores que afetam a empresa na crise. Dica – Crie pelo menos 3 cenários: Otimista, Provável, Pessimista

Para cada cenário, crie um plano de ação:

  • Se a empresa tiver 10% de queda nas vendas, quais custos deverão ser reduzidos?
  • Minha empresa está enquadrada em algum incentivo ou benefício previsto pelo Governo?
  • Como serão tratadas as novas posições previstas? E as reduções de quadro?

3. Reduza gastos – Manter a liquidez do caixa é fundamental para sobreviver durante a crise. O primeiro passo é analisar custos e despesas e separá-los em quatro grupos:

  • Essenciais fixos: não podem ser reduzidos e não podem ser cancelados
  • Não essenciais fixos: não podem ser reduzidos, mas podem ser cancelados
  • Essenciais variáveis: podem ser reduzidos, mas não podem ser cancelados
  • Não essenciais variáveis: podem ser reduzidos ou cancelados
  • Nesse momento, esqueça as classificações de custos fixos, variáveis, diretos e indiretos. O importante é saber o quanto eles são essenciais para o negócio antes de tomar a decisão de redução, renegociação ou corte.

4. Outras dicas: – Renegocie as dívidas atuais com bancos e credores: adeque prazo, taxas de juros e valor de parcelas para que caibam na nova realidade.

Pense bem antes de contrair novas dívidas: a maioria das empresas são tomadoras de crédito e isso é saudável desde que o caixa não seja comprometido. Cuidado com a ilusão de fôlego que um empréstimo pode oferecer no curto prazo.

Faça o inventário: identifique ativos que possam ser vendidos. Analise seus ativos e identifique aqueles que não estão sendo utilizados e podem ser vendidos.

Cuide da manutenção preventiva de máquinas equipamentos e imóveis: é mais barata do que manutenção corretiva.
Suspenda temporariamente novos investimentos: pode parecer óbvio, mas é bom reforçar que este não é o momento de investir.

Renegocie os aluguéis dos imóveis: os locadores também estão preocupados com a crise. O que eles não querem agora é um imóvel vazio.

Atenção às medidas anunciadas pelo Governo: estão sendo discutidas muitas propostas para ajudar as empresas, tais como, postergação do pagamento de impostos e redução de jornada.

Ajude outras pessoas e empresas: sua empresa também tem uma função social. Quando possível, faça doações, cuide de seus colaboradores e da comunidade. Distribua conteúdos gratuitos.
Seja criativo: o que eu não ofereço aos meus clientes hoje e posso oferecer com baixo investimento?

Fonte e mais informações: (https://cuidas.com.br/).