André Chaves (*)
Com o crescimento e a complexidade dos negócios, o desdobramento de metas de maneira adequada tornou-se uma competência crítica para o sucesso empresarial. Mas, com planejamento e um robusto plano de execução, é possível garantir que essas definições estipuladas estejam alinhadas aos objetivos estratégicos das corporações.
Um estudo feito pela Brightline Initiative e publicado pela The Economist apontou que 90% dos executivos seniores de companhias com receitas anuais acima de US$ 1 bilhão admitiram falhar no alcance dos objetivos estratégicos. E o problema do não cumprimento tinha como razão a “implementação pobre” dos planos da empresa. Um outro estudo, este da Harvard Business Review, apontou que 85% das lideranças executivas gastam menos de uma hora por mês para discutir estratégias.
O vice-presidente responsável pela unidade de negócios da Falconi, focada em Indústria de Base e Bens de Capital, André Chaves, reforça a relevância do processo de desdobrar os objetivos e revisitar as estratégias para a evolução contínua das organizações.
“O planejamento de longo prazo deve guiar as metas anuais. Cada etapa precisa ser um passo incremental em direção à visão de futuro, para que as empresas caminhem com solidez e clareza”, afirma o VP da consultoria brasileira de gestão.
Além disso, o executivo levantou os principais pontos a serem observados no desdobramento de metas e que não podem sair do planejamento das lideranças:
- – Alinhamento com o planejamento de longo prazo – Metas anuais devem ser desdobramentos naturais do planejamento estratégico, garantindo que cada período anual represente um avanço sólido em direção à visão da empresa.
- – Metas do CEO focadas nos “indicadores de fim” – As metas de topo precisam estar atreladas a métricas de lucro, retorno ou valor. Outros temas relevantes como satisfação de clientes, segurança ou sustentabilidade também devem ser representados no card do CEO.
- – Desdobramento claro para as áreas – As metas principais devem ser desdobradas em metas menores, específicas para cada área da empresa, respeitando a cadeia de valor e promovendo consistência entre as funções operacionais e os resultados da companhia.
- – Análise quantitativa das oportunidades de melhoria: A definição das metas de cada departamento deve ser baseada em uma análise rigorosa de seu potencial de melhoria, priorizando indicadores que realmente impactem o resultado final.
- – Suficiência das metas: As metas de cada área devem se somar e garantir a meta do nível superior até que o objetivo final, como a meta de lucro do CEO, seja atingido sem desequilíbrios.
- – Plano de ação claro para cada meta – Para cada indicador em que se espera uma melhoria, deve ser elaborado um plano consistente de aprimoramentos, evitando que as metas se tornem meros desejos.
- – Disciplina no controle de metas – Reuniões periódicas para acompanhar o progresso na execução das ações e do atingimento das metas são essenciais para garantir disciplina e foco.
- – Correção de rumos em caso de desvios – Sempre que houver desvios em relação ao planejado, é fundamental que os responsáveis façam uma análise do que aconteceu e proponham correções para garantir o alcance das metas.
- – Reflexão e ajustes anuais – Ao final de cada ciclo, as organizações devem refletir sobre os resultados alcançados, ajustando suas metas e estratégias para o ano seguinte.
“O sucesso de uma organização que aplica esses princípios é inegável. Ao longo do tempo, ela alcança resultados excepcionais, não apenas em termos financeiros, mas em todos os aspectos da gestão”, complementa Chaves. – Fonte e mais informações: (https://falconi.com/).