Renata Cavalcanti (*)
Alcançar o sucesso no mercado varejista está cada vez mais complexo. Por isso, é sempre fundamental estar por dentro das melhores práticas do segmento para entendermos para onde caminha o varejo e o como atrair atenção e o desejo do consumidor. Essa complexidade passa por redes sociais, influenciadores, comércio eletrônico, aplicativos de mensagens instantâneas etc.
É nítido que as empresas do setor não podem mais ignorar a tecnologia e a inovação. Só assim vão conseguir acompanhar e responder rapidamente às mudanças do mercado e aumentar a satisfação dos consumidores. Separei cinco pontos essenciais que devem ser levados em consideração para a sobrevivência dos varejistas nos próximos anos. Confira:
1) – Investir em Tecnologia – A Inteligência Artificial (IA) foi protagonista em dezenas de discussões que abordaram seus avanços e suas aplicações no varejo, como: otimização de preços, previsão de demanda, atendimento (chatbot e sistemas de recomendação online de produtos, de acordo com o perfil dos clientes), análises de sentimentos de clientes, dentre outras.
O uso estratégico dessa poderosa ferramenta tecnológica é o “caminho para a eficiência”. Por outro lado, os varejistas precisam ter dados de qualidade de seus clientes e da operação. Sem isso, a IA não fará milagres.
2) – Ter em mente que o varejo físico não morreu – Pelo contrário! A loja física não deve ser vista apenas como um ponto de venda, mas sim, como um local para oferecer experiências de compra e atendimento que envolvam e surpreendam as pessoas, gerando lembranças positivas, afinal, os consumidores tendem a escolher marcas que conhecem e em que confiam.
Portanto, o varejo físico passa a atuar também como um centro de relacionamento, onde ele tem a função de criar vínculos emocionais da marca com o cliente.
- – Não ignore o poder do marketing de influência – A presença e o posicionamento das marcas nas mídias sociais continuam sendo imperativos. A influência desses canais, incluindo o papel dos influenciadores de fazer o relacionamento delas com os clientes serem mais interessantes e autênticos, trás impacto significativo nas vendas.
Um exemplo notável é que 45% das vendas das lojas físicas da Nordstrom são atribuídas às marcas da família Kardashians e todos produtos são lançados e divulgados principalmente nas mídias sociais. Outra excelente prática a ser adotada pelos varejistas é a criação de comunidades para gerar relacionamento e intimidade com o consumidor.
Aqui vale destacar o poder da plataforma TikTok que, além de gerar conteúdo, é um canal ótimo para criar comunidades e com alto potencial para gerar o desejo de compra.
4) – Use o canal online e ofereça entregas rápidas – A evolução do comércio eletrônico é inegável. Segundo estudos de mercado, em média, 75% das vendas online globais ocorrerão em marketplaces até 2025. Também em grande ascensão na América Latina, a projeção é que o e-commerce alcance a marca de R$ 225 bilhões em vendas até o mesmo ano.
5) – Last Mile eficiente como diferencial: diante do cenário e da alta competitividade do setor varejista, a batalha pelo preço e prazo no Last Mile persistirá, sendo crucial observar e aprender com as tendências inovadoras da China onde o D3 (prazo de três dias) para todo mundo já é realidade.
Uma dica é criar um app para os entregadores com capacidade de gerir e direcionar as rotas de coletas e entregas de maneira eficiente e em tempo real. No futuro a IA será a protagonista no gerenciamento autônomo das entregas dos varejistas e outros clientes.
Outra tecnologia que facilita muito a vida dos varejistas no Last Mile é a torre de controle, que analisa e controla a granularidade que os nossos clientes precisam: a entrega do porta a porta, pedido a pedido, desde a coleta até a casa do cliente, e não somente as tarefas que ligam o ponto A ao ponto B.
A partir daí, uma infinidade de dados são gerados e e as oportunidades de melhorias operacionais dos varejistas, portanto, são muitas.
(*) – É head de vendas na BBM Logística (https://www.bbmlogistica.com.br).