Os brasileiros estão menos pessimistas com a situação financeira, a inflação e o desemprego, revelou pesquisa divulgada ontem (30) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Depois de cinco meses sem registrar aumento, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) atingiu 101,6 pontos em julho, alta de 3,5% em relação ao mês anterior.
Em junho, o indicador tinha registrado 98,3 pontos, afetado pela paralisação dos caminhoneiros. Apesar da subida em julho, o Inec continua abaixo da média histórica, de 107,8 pontos. Segundo a CNI, a recuperação da confiança do consumidor é importante. No entanto, o indicador ainda está em nível insuficiente para estimular o consumo e aumentar o ritmo de expansão da economia.
A maioria dos indicadores que compõem o Inec melhorou. O indicador de expectativa de que a inflação vai cair aumentou 7% de junho para julho, o índice dos que acreditam que o desemprego vai cair subiu 9,5%. O índice de expectativa de aumento da renda pessoal aumentou 2,8%. A avaliação sobre as finanças pessoais também registrou melhora.
O indicador de endividamento subiu 3,6% em relação a junho. O de situação financeira aumentou 2,6%. Quanto mais alta a pontuação, maior o número de pessoas que espera a queda do endividamento pessoal e a melhora da situação financeira.
A pesquisa indicou que os consumidores continuam cautelosos. O indicador de compras de bens de maior valor recuou 0,8% em relação a junho. Segundo a CNI, isso mostra queda na intenção de compra de mercadorias como móveis, eletrodomésticos e itens de valor mais alto.
Realizada pela CNI em parceria com o Ibope, a pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre 19 e 23 de julho (ABr).