O candidato do PSL à Presidência da República nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, disse ontem (21), que, se eleito, as tropas militares só agirão na segurança pública “se tiverem retaguarda jurídica”.
A declaração foi dada no cemitério de Engenheiro Pedreira, em Japeri, na Baixada Fluminense.
Ele chegou ao final do enterro do cabo Fabiano Oliveira dos Santos, de 36 anos, morto durante uma operação da intervenção federal, na segunda-feira, 20, no Complexo do Alemão. “Eu não sou presidente da República. Se for, a tropa só age se tiver uma retaguarda jurídica”, afirmou para a imprensa, ao sair do cemitério.
O candidato não quis se prolongar mais em declarações sobre a morte do cabo e acrescentou apenas que era “um momento de consternação”. Bolsonaro também se recusou a tirar fotos no local com simpatizantes que costumam abordá-lo em agendas públicas.
Em passagem rápida no local, o candidato foi embora antes do enterro do segundo militar morto na operação de segunda-feira, 20, o soldado João Viktor da Silva. De Japeri, Bolsonaro disse que seguiria direto para Botafogo, na zona sul do Rio, onde informou que abriria uma conta “para fins de campanha” (AE).