O pré-candidato do PSL à Presidência da República, deputado Jair Bolsonaro (RJ), foi vaiado (ontem) 23, durante sabatina na Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.
Ele foi o primeiro dos pré-candidatos a ser hostilizado pela plateia, por ter dado respostas consideradas curtas e não se aprofundado no tema em debate.
Após a primeira vaia, ele perguntou: “É para mim ou pelo tempo?”, em referência ao fato de não ter usado os quatro minutos disponíveis pela resposta. “Já estou satisfeito. Vamos para a próxima”, havia dito ao encerrar sua fala antes da hora. Na segunda onda de vaias, ele subiu o tom de voz: “Quem tiver ideias, por favor, me procure. Não vim aqui para dizer que sou melhor do que os outros. Não tem solução fácil. Não tem espaço aqui para gente que, na base do grito e do gogó, diz que vai resolver”. Ao iniciar sua participação no palco, o deputado avisou que estava “segurando os ataques” que recebe, desde que assumiu a pré-candidatura. Ele considera que a campanha será marcada por um “vale-tudo”. “Meu pavio foi curto no passado, cresceu agora”, disse o capitão da reserva do Exército.
Aos prefeitos, Bolsonaro sugeriu a extinção do Ministério das Cidades, “alvo de cobiças e luta fratricida dentro do Parlamento”. Ele propõe que o governo federal repasse direto os recursos para as prefeituras, sem intermediação da pasta. “Quero ficar sábado e domingo na praia. Se não desburocratizar e mandar o dinheiro direto para os senhores isso não será possível”, disse o parlamentar (AE).