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As práticas de mercado com responsabilidade social e sustentabilidade

em Destaques
quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

A sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança (ESG) provou que não é só uma moda do mundo corporativo, mas que veio para ficar. Assim, empresas que ignoram as boas práticas de gestão, a harmonia nas relações com parceiros, clientes e comunidades próximas, além de ações ambientalmente responsáveis, são preteridas nos negócios e perdem oportunidades de promoção do bem-estar, dentro e fora delas.

A líder de Programas Corporativos da Phomenta, Clarissa Pires, elenca cinco passos indispensáveis para empresas que não têm o ESG incorporado nos processos de trabalho e queiram mudar esta realidade. “A empresa precisa entender que ela faz parte da sociedade e pode gerar tanto impactos positivos quanto negativos. Ela precisa se ver como uma ‘cidadã’ global e local, participar da construção de uma sociedade melhor”, define.

1 – Descubra o propósito – A primeira dica é entender o propósito da empresa. “Definir porque a empresa existe, qual o legado ela quer deixar, qual o impacto ela almeja”, indica Clarissa. Algumas das perguntas que podem ser feitas nesta etapa são: “Por que o negócio foi criado?”, “Como ele mexe com a vida das pessoas?”.

2 – Identifique os impactos negativos – Com este cenário definido, a empresa pode entrar no passo 2, que exige a percepção crítica do próprio negócio e ouvidos abertos a possíveis reclamações ou sugestões que chegam dos próprios colaboradores ou do público externo, como clientes.

Clarissa explica a importância de definir as “externalidades negativas”, que são os impactos que nem sempre a empresa deseja produzir, mas produz e precisa eliminá-los. “Os impactos negativos podem ser de cunho ambiental ou social, todo negócio tem uma ou mais externalidade negativa.

Como as empresas oferecem produtos e serviços diferentes, não tem uma receita de bolo para identificar o problema, é preciso um olhar interno para encontrá-lo”.

Para facilitar o diagnóstico, a especialista em desenvolvimento ESG dá um exemplo recorrente em várias empresas. “Pode ser que minha empresa esteja reproduzindo um padrão de contratação sem diversidade entre as pessoas, ou de desigualdade social, não incluindo pessoas diversas. Ou seja, o problema pode não estar no produto ou serviço final, mas na rotina de trabalho”, esclarece.

3 – Construa um cronograma de ações – Uma vez definidos os objetivos da empresa e seus pontos fracos, chega o momento de organizar um cronograma de ações. O passo três tem no verbo “priorizar” a principal ação.

“A empresa precisa definir ações a serem tomadas, o que não significa fazer tudo de uma vez só”, instrui Clarissa Pires. Segundo ela, é muito compreensível que cada empresa vá precisar de tempo para implantar determinadas ações, o importante é colocá-las em prática e definir prazos.

Esta priorização deve ser feita com base em decisões das lideranças. “Os colaboradores serão envolvidos, claro, mas as decisões ESG precisam partir das lideranças. Caso contrário, no primeiro momento de crise ou corte de gastos é esta ação que será cortada”, alerta.

4 – Envolva todos – Uma vez tomadas as decisões na alta liderança, todos na empresa precisam estar envolvidos. Para que a mentalidade geral mude, é preciso que a sustentabilidade faça parte da rotina das pessoas. Segundo Clarissa, isso pode ocorrer desde a implantação de um novo projeto social na comunidade do entorno da empresa ou em uma ação ambiental interna.

“Eu quero produzir menos lixo? Então preciso envolver colaboradores e aplicar formas de trocar o plástico por outras embalagens”, exemplifica.

5 – Olhe para o futuro – Por fim, Clarissa aponta para o futuro. O passo 5 desafia empresas a implantar o ESG o quanto antes, no primeiro momento, mas também a pensar em estratégias para o médio e longo prazos. “Eu preciso garantir que isso se perpetue em decisões futuras, que a nova mentalidade continue viva e sendo aplicada na empresa”.

Há inúmeras possibilidades de parcerias. “As ONGs são as grandes especialistas em impacto social, elas entendem o problema social e oferecem uma solução, fazer a ponte com uma ONG é fortalecer o conhecimento que esta organização já tem”, conclui a líder de Programas Corporativos. Fonte e mais informações, acesse: (www.phomenta.com.br) e (www.portaldoimpacto.com).