A arrecadação de impostos e contribuições federais chegou a R$ 148,699 bilhões em outubro, o maior resultado para o mês já registrado pela Receita.
Se forem considerados todos os meses, esse foi o maior resultado desde de janeiro de 2014, quando foram arrecadados R$ 153,210 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Secretaria da Receita Federal.
O resultado de outubro foi influenciado pelo programa de regularização de ativos não declarados, conhecido como Lei da Repatriação. Para regularizar os recursos, o contribuinte teve que pagar 15% de IR e 15% de multa, totalizando 30% do valor regularizado. Na comparação com outubro de 2015, houve um aumento real (descontada a inflação medida pelo IPCA) de 33,15%. A arrecadação com o programa de regularização chegou a R$ 45,069 bilhões.
No acumulado do ano, a arrecadação continuou em queda. De janeiro a outubro, chegou a R$ 1,059 trilhão, com queda real de 3,47% em relação aos dez meses de 2015. O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Rodrigues Malaquias, explicou que a redução na arrecadação é resultado da recessão econômica.
“Sempre a arrecadação federal é fortemente impactada pelo cenário econômico. Continuamos ainda em um cenário em que todos os indicadores macroeconômicos estão desfavoráveis, estão negativos – temos um nível de emprego muito baixo, a renda do trabalhador diminuindo, a capacidade de adquirir bens produzidos diminuiu sensivelmente e com isso temos uma menor produção da indústria e isso reflete diretamente na arrecadação dos tributos federais”, disse (ABr).