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Arquitetura transforma escritórios em ‘segunda casa’

em Destaques
domingo, 18 de fevereiro de 2024

O brasileiro passa, em média, 8 horas por dia no trabalho, além de cerca de 5 horas semanais que gasta no deslocamento até o escritório. No mundo corporativo pós-pandemia, não é o salário ou os benefícios tradicionais que estão fazendo a diferença na hora de atrair e reter os melhores profissionais.

A chave para o engajamento e a fidelidade dos colaboradores passa, necessariamente, por um ambiente de trabalho acolhedor. “Os escritórios fechados, com seus cubículos isolados e ambientes estéreis, ficaram no passado.

Hoje, espaços abertos e colaborativos, milimetricamente projetados para transmitir aquela sensação de ‘segunda casa’, são realidade nas empresas”, comenta Franklin Delgado, especialista em revestimentos para ambientes corporativos e CEO de A Pérola dos Tapetes.

Delgado conta que a procura por projetos corporativos cresceu muito nos últimos anos, impulsionado pelo fim da pandemia e pelo retorno gradual ao trabalho presencial. Nesse novo cenário, um dos desafios das empresas tem sido garantir aos colaboradores uma experiência agradável nos escritórios.

“A saída é criar espaços que ofereçam uma transição suave da casa para o trabalho e que, ao mesmo tempo, garantam a ergonomia, o conforto térmico e acústico, coisas difíceis de serem alcançadas em ambientes domésticos”, diz o especialista.

A arquiteta Ciça Sada, especialista em Arquitetura Corporativa, explica que os empresários estão conscientes de que as instalações devem espelhar a identidade, a cultura e os valores que promovem de forma legítima. “A ambientação, antes vista como um detalhe secundário, agora é compreendida como uma extensão da marca e os empresários estão investindo em ambientes que promovam o acolhimento, o bem-estar, refletindo diretamente na produtividade”, diz.

Segundo Ciça, os escritórios devem oferecer uma experiência completa “ao colaborador, da mesma forma como se encara a experiência do cliente, com ambientes que contemplem todas as necessidades ao longo do dia, como salas para reuniões em grupo, espaços para reuniões remotas, salas de concentração (focus rooms), e áreas silenciosas, as chamadas ‘quiet rooms’, além de copa e ambientes de regeneração.

“Os projetos corporativos incorporam ensinamentos da biofilia e neuroarquitetura, trazendo as cores, a vida e os elementos da natureza para os escritórios, aumentando a sensação de conforto, acolhimento, bem-estar e a produtividade”, observa a arquiteta.

O uso de plantas, iluminação natural, elementos como madeira, palhas e pedras conferem a proximidade com a natureza. “O uso de carpetes e tapetes garante isolamento acústico e térmico, algo fundamental para o bem-estar e a produtividade da equipe”, comenta Delgado.

Ciça destaca que o uso de objetos decorativos que tenham algum significado afetivo, como fotografias e arte, têm um papel fundamental em garantir o acolhimento. “O uso das cores também é parte importante nesse processo, porque interfere diretamente no humor das pessoas e reflete a cultura das empresas”, comenta.

Em ambientes compartilhados, é mais difícil personalizar estações de trabalho. “Mas, sempre que possível, deve-se permitir aos colaboradores personalizarem seus espaços de trabalho, com fotos de família e pequenos objetos que tenham valor afetivo para aumentar a sensação de pertencimento”, completa Delgado. – Fonte e outras informações: (https://perolatapetes.com.br/).