O governador Geraldo Alckmin defendeu ontem (23), a escolha do candidato do partido à Presidência da República na reunião executiva da sigla marcada para dezembro.
Ao participar do lançamento de um edital da licitação que vai definir o administrador de um fundo criado pelo governo para vender imóveis públicos, Alckmin fez uma crítica à antecipação da campanha, numa referência indireta às viagens pelo País feitas pelo prefeito da capital paulista João Doria, um possível adversário dentro do PSDB.
O governador disse ainda que as prévias partidárias são um instrumento moderno de democracia e lembrou que, não fosse esse caminho, o ex-presidente americano Barack Obama não chegaria à Casa Branca, já que a senadora Hillary Clinton tinha a preferência do partido democrata. Alckmin lembrou que também Doria não seria candidato à prefeitura de São Paulo se não houvesse consulta prévia do partido.
“Você precisa democratizar os partidos. Quanto você mais abrir a consulta, é melhor. O João Doria não seria candidato se não fosse a prévia”, comentou o governador. Questionado se apoiaria Doria se o prefeito for o escolhido pelo PSDB na disputa pela Presidência em 2018, Alckmin fugiu do que chamou de “conjecturas” e avaliou que não se deve fazer “correria agora”. “Quando você precipita muito a sucessão, você encurta o governo, o que não é bom para a população”, frisou o governador (AE).