Um dia, você acorda e percebe que muitas coisas mudaram. Não existe mais Brasília como poder central, não tem mais STF, STJ, STM e outros Supremos por aí. Que a Cãmara e o Senado são apenas pratos virados onde a farta comida não mais extenua o fogão…
O que é isso? Cadê o Brasil?
O Brasil não é mais o Brasil. O Brasil agora são vários brasis.
Agora você tem o Brasil do Norte, formado pelos estados do Amazonas, Pará, Acre, Rondonia, Amapá, Tocantins e Maranhão.
Tem o Brasil Nordeste, formado pelo Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.
Tem o Brasil, formadso por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Esp[irito Santo, Goiás e Mato Grosso.
Tem o Brasil, formado por Mato Grosso do Sul., São Paulo, Paraná. Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Cada um dos estados são os novos brasis, parlamentaristas, apenas com a Câmara,
com um mínimo de Supremos, sem regalias, onde todos respondem por seus atos, sem privilégios, com salários compatíveis, sem mordomias, todos trabalhando como operários de cada Nação…
É apenas um sonho!
Quem entende melhor do Nordeste, senão os nordestinos?
Quem entende melhor do Norte, senão os nortistas?
Quem entende melhor o Centro-Oeste, que não seus habitantes?
Quem entende melhor o Sul, que não os sulistas?
Tudo bem, mas os fluminense e cariócas querem um estado só para eles. Tudo bem, também…
Mas há uma enorme desigualdade no PIB. Claro. Estabeleçamos um período de adaptações, um plano Marshall para o estados que estão em permanente dependência do governo central, até que se igualem. Investimos no Brasil Nordeste com turismo, e o transformamos numa Paris para os turistas;
Quem entende do Amazonas, senão os nortistas? E assim, sucessivamente para os outros brasis?
Quanto custa um deputado, ou senador, ou ministro, ou sucedâneos deles hoje?
Quanto custam 520 deputados e 81 senadores com todo a trupe atrelada?
Os brasis terão não mais que 20% desse mundo para sua administração. E estarão mais perto de você.
É um sonho! Ainda não acordei.