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A experiência do usuário deve influenciar no desenvolvimento de softwares

em Destaques
sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Qual a preocupação com o futuro que um líder deve ter? Na pesquisa Realizing 2030: A Divided Vision of the Future, a Dell Technologies, juntamente com o IFTF (Institute for The Future), não só tentou responder essa pergunta, mas permitiu que líderes ao redor do mundo pudessem trazer essa percepção relativa ao assunto: prever como as tecnologias emergentes remodelarão a forma como vivemos e trabalhamos até 2030 e reunirão insights que ajudarão as empresas a navegar na próxima década.

Mais além, eles entendem que os insights trarão reflexos para as nossas vidas, nosso trabalho e para os negócios. Dito isso, dentre outras coisas, o estudo mostra que pelo menos 45% dos líderes entendem que, em um futuro não tão distante, precisaremos estar presentes em meio às máquinas que são capazes de entender bons e maus comandos.

Mas mais que isso, eles frisam que as tecnologias, produtos e serviços precisam estar acompanhados de acessibilidade e de linguagens que possuam funcionalidades também capazes de entender cada vez melhor tais comandos. O que isso tem a ver com desenvolvimento de software? O avanço das tecnologias dita a cada geração o que é mais aceito e quem manda nisso é o usuário. Isto é, cada vez mais a experiência do usuário é importante e gera uma demanda mundial.

Na área de desenvolvimento isso não é diferente. E uma das práticas utilizadas no processo de desenvolvimento de software para acompanhar esta aceleração, promovendo uso de IA’s e Machine Learning, por exemplo, é por meio do UX/UI Design: User Experience/User Interface, unindo excelentes trabalhos de interfaces com acessibilidade e funcionalidades, focadas no usuário.

A sigla UX significa User Experience e contempla o papel da validação, pesquisa sobre o usuário e suas necessidades; realização de testes de usabilidade e aplicação de mudanças no projeto, conforme necessário; desenvolver experiências que impactam positivamente os usuários; e colaborar com os objetivos de negócio.

Enquanto o UI, User Interface, ao pensar na estética da interface, vai além e se preocupa principalmente com a funcionalidade, com a jornada do usuário, a otimização do caminho do indivíduo pela plataforma e a experiência dele como um todo.

. Metodologia Double Diamond – Uma das excelentes formas de se fazer UX pode ser compreendida pela metodologia Double Diamond, que surgiu através da junção e codificação de processos de design, deixando a forma visual mais compreensiva, ao descontruir processos padrões, possibilitando assim mapear etapas com comum potencial.

O método tem uma relação imediata com o Design Thinking, focado em resolver problemas nas melhores práticas de UX. Double Diamond, dentro desse processo, deixa as etapas de trabalho mais claras. E no desenvolvimento, isso é feito por meio de quatro fases: descobrir, definir, desenvolver e entregar. Dentro de cada fase, há também vários pontos a serem feitos.

Respectivamente, podemos trazer a execução de um brainstorming, matriz CSD, desk research, bem como a identificação da persona do produto e a montagem de um mapa de empatia. Isso na fase de descoberta, já que na seguinte, a definição, envolve jornada do usuário, diagrama de afinidade, opportunity gaps etc.

Feito isso, entramos no desenvolvimento, com a opportunity solution tree e benchmark, por exemplo. Até chegarmos à entrega de fato, com um MVP (Minimum Viable Product), protótipo de serviço e até mesmo o uso de vídeo para demonstração.

. A importância do UX/UI no desenvolvimento de software – Quando a preocupação é que sites e aplicações devem ser mais acessíveis e intuitivos no que tange aos comandos, o desenvolvimento de softwares pode ficar cada vez mais sofisticado, possibilitando o funcionamento da aplicação com desempenho muito melhor, quando aplicado o design de UX/UI.

Com a utilização em sintonia com o desenvolvimento padrão, o resultado é um sistema, como dito, bem mais intuitivo, com boa usabilidade e aceitação dos usuários. Ao aplicar o UX/UI é mais fácil alcançar um produto funcional e que permite ter: acessibilidade, consistência, previsibilidade, intuitividade, responsividade e legibilidade.

Em mais exemplos práticos, pensando em interfaces, há duas cerimônias que podem otimizar muito o tempo do desenvolvimento (ou de refatoração). Primeiro, o Hand-off, que é um momento no qual reúnem-se os times de desenvolvimento e QA (Quality Assurance). Nele, apresentam-se todas as funcionalidades em conjunto com o PO (Product Owner) ou analista de negócio.

Tiram-se as dúvidas, valida-se tecnicamente se a construção é possível e se todos estão de acordo com o escopo. Nessa cerimônia também é pertinente sinalizar os pontos importantes e elencar os que são prioritários.

A Design Review é outra cerimônia, que diferente do Hand-off, realizado antes da etapa do desenvolvimento, é feita após e serve para validação do design desenvolvido pelo Front-End, em conjunto com o time de QA (Quality Assurance). Aqui, reúnem-se os Front’s responsáveis pelo projeto, QA’s e a liderança técnica, para que sejam avaliadas tela por tela, interação por interação e ao fim pontuadas as melhorias discutindo se há necessidade de ajustes a nível de usabilidade e design.

Essa prática reduz o índice de bugs e retrabalho. Ainda vale destacar que, fora a aplicação em telas, o UX é responsável pela validação do produto, por isso, durante o processo de desenvolvimento, ele também possibilita:

• Gerar e alavancar ideias;
• Descobrir novas oportunidades de mercado;
• Diminuir custos, com foco em maximizar os investimentos;
• Otimizar funcionalidades;
• Aumentar a aceitação e o engajamento de uso do produto.

. Cases de sucesso – Um ótimo exemplo de case de sucesso com aplicação de UX está com a DB1 Global Software, em parceria com o AL5 Bank. A empresa entrou no projeto com a intenção de dar manutenção no app existente e desenvolver novos produtos a fim de impulsionar o banco em direção à sua visão de futuro.

A ideia era reduzir reclamações de falhas e bugs e dúvidas sobre o uso do aplicativo. A entrega foi um protótipo navegável e que trouxe resultados imediatos, como aumento de avaliações positivas, diminuição de tempo de ativações e redução e zero reclamações.
Em outro caso, está o case Amazon, que, dentre outras coisas, trabalhou com a classificação reviews dos produtos.

Com a ideia de reduzir o tempo de pesquisa dos clientes, o site foi desenvolvido de uma forma que a página com os produtos destaca as avaliações mais bem pontuadas aos usuários, facilitando a decisão da compra. E por fim, o Nubank, fintech brasileira que atua na América Latina também é um bom case, principalmente com a ideia de UX Writing. A marca tem um tom de voz na comunicação do site e aplicativo que transmite modernidade e transparência.