A espanhola Repsol vai participar sem a parceira chinesa Sinopec na 14ª Rodada de Licitações de Áreas de Petróleo e Gás Natural, que será realizada esta semana no Rio, confirmou o CEO da Repsol Sinopec Brasil, Lonardo Junqueira, após palestra em evento do setor promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP).
Sem querer comentar a estratégia do leilão, Junqueira destacou as mudanças regulatórias que estão sendo feitas no Brasil e que permitem que projetos de grande volume de gás natural sejam desenvolvidos no País.
A empresa adquiriu em 2005, junto com a Petrobras e a Statoil, o campo de Pão de Açúcar, que no início da próxima década entrará em produção com potencial para “meio Gasbol”, disse o executivo, referindo-se ao Gasoduto Bolivia-Brasil que tem capacidade para transportar 30 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. “É um dos principais projetos da carteira da Repsol a nível mundial, com produção prevista para o início da próxima década e vai contribuir com gás na Matriz Energética do pais”, disse ele a jornalistas.
“No Brasil agora existem vários pilares que são as alterações do marco regulatório do setor de petróleo, do setor de gás e do setor elétrico. Somando a tudo isso, temos a evolução da transição para uma economia de baixo carbono, isso vai permitir a entrada de um projeto como o nosso, de gás não associado”, explicou. O consórcio analisa também como será o escoamento do gás natural produzido no campo, que fica a 200 km da costa do Rio de Janeiro.
Uma das opções que está sendo avaliada pelo sócios é a demanda que está sendo aberta para o gás natural no Porto do Açu, ex-projeto do empresário Eike Batista e agora desenvolvido pela Prumo Logística. A expectativa é de sejam instaladas usinas térmicas e indústrias no local. “Poderia estar atrelado ao Açu. O Açu está crescendo como um centro demandador de gás. Se vocês visualizarem na Internet, eles têm muito interesse em projetos térmicos lá”, disse (AE).