Combater a corrupção e criar programas que garantam maior transparência, ética e integridade em quaisquer setores é um caminho coletivo, que envolve empresas – em suas iniciativas individuais e comunitárias – e o Governo, em papel de implantar leis e fiscalizar. Neste contexto, a implementação de compliance ou programa de integridade é muito importante.
Por se tratar de um conjunto de normas que reduz a incidência de fraudes e desconformidades, que geram desvios de recursos; essa metodologia também diminui riscos de sanções legais, perdas financeiras e de reputação que, em algumas empresas, pode ser irreversível, além de aumentar a qualidade das decisões dentro da organização, reduzindo o custo operacional.
Entendendo que o Brasil está em um momento de transição e maior cuidado com dados pessoais e empresariais (a partir da LGPD), Eduardo Tardelli, especialista em compliance e CEO da upLexis – empresa especializada em tecnologias para busca e estruturação de informações retiradas de grandes volumes de dados (big data) extraídos da internet e de outras bases de conhecimento – preparou um guia com sete passos fundamentais para quem deseja pôr em prática essa questão. Confira!
- – Entenda sua situação: De início, é recomendável realizar um levantamento de dados e informações sobre a situação atual da empresa, fazendo um diagnóstico dos pontos fortes e fracos a esse respeito. Para tanto, a gestão precisa levantar os dados que são importantes para o desenvolvimento do programa de integridade, que incluem histórico de crimes (fraude, corrupção, lavagem de dinheiro, por exemplo).
Também, cadastro dos principais fornecedores e clientes; cadeia de relacionamentos comerciais; ocorrências e processos (por exemplo, empresas e colaboradores); aquisição de insumos e matéria prima; e as áreas expostas ao risco.
- – Desenvolva um código de ética e conduta: A adoção de políticas anticorrupção e o desenvolvimento de um programa de integridade bem definido incluem normas direcionadas a ética e conduta dos colaboradores da empresa em todas as áreas (RH, contabilidade, gestão, fornecedores etc.), que estabeleçam regras e punições para atos ilegais e maus comportamentos.
Entendendo que cada empresa possui suas particularidades, bem como, cada programa de integridade possuirá as suas, por isso, selecione os indicadores que são essenciais para a análise e tomada de decisão de seu negócio.
- – Implemente o programa: Iniciar um plano sem as devidas diretrizes pode ser uma tarefa extremamente complicada, além de não garantir que se atinja o objetivo final. Para evitar erros de execução, certifique-se que o seu plano de implementação inclua os riscos específicos da organização, as exigências legais e administrativas; normas e políticas bem definidas; um Programa anticorrupção; identificação dos departamentos vulneráveis, além de canais de comunicação devidamente abertos e disponíveis.
- – Conscientize a gestão: Para conseguir desenvolver um projeto dentro de uma empresa, precisamos mostrar aos gestores e diretores os benefícios que serão proporcionados para a empresa. Dessa forma, conquistar a confiança e o comprometimento da alta gestão, é uma etapa fundamental para a aplicação de um programa de integridade com sucesso. Afinal, o exemplo precisa partir do alto da pirâmide.
- – Envolva a equipe: Depois de amplamente divulgados para o time por meio de e-mails, mensagens diretas, pastas com acesso remoto e uso de aplicativos faz-se necessário incluir ciclos periódicos de treinamentos dos programas de integridade para educação e atualização desse aspecto. Afinal, um melhor e maior comprometimento só serão possíveis com informações amplas e mudanças de comportamento, principalmente em períodos de crise.
- – Invista em tecnologias de apoio: Adquira plataformas otimizadoras de processos de bigdata e compliance para que as práticas dos programas de integridade se mantenham ágeis, otimizadas e assertivas, maximizando os resultados positivos.
- – Monitore e avalie: Assim como qualquer projeto, em programas de integridade e compliance é necessário estabelecer indicadores de performance para avaliar sua efetividade. Depois da implantação, portanto, vale monitorar o desenvolvimento das ações para a identificar processos falhos e erros na execução do plano.
Depois disso, a periodicidade das reavaliações diminuir para trimestralmente, por exemplo, mas sendo acompanhado de perto por um profissional especializado, tendo em mente que quanto mais rápido erros forem identificados, mais rápido serão definidos novos meios de correção.
Fonte e outras informações: (https://uplexis.com.br/).