Cuidar de uma empresa pode ser uma tarefa árdua, mas não precisa ser impossível. Há muitas lacunas na sociedade que estão precisando de atenção e que podem ser preenchidas com uma solução tecnológica fora da caixa. O Brasil possui hoje 22.294 startups, com 587 criadas no início da pandemia, segundo dados da Associação Brasileira de Startups (Abstartups).
O número mostra que um momento muitas vezes adverso pode se tornar impulsionador para a criação de empresas. “Para criar e gerir um negócio, é importante ter coragem. É difícil saber quando é a hora de sair do planejamento e partir para a ação. Tirar a ideia do papel, entender o que o público precisa, formar um bom time, conseguir os primeiros clientes, saber a hora de pivotar…
Esses são alguns desafios da jornada empreendedora, que acaba sendo majoritariamente solitária. Mas, não precisa ser assim. Há uma série de aprendizados para incorporar, de quem já faz parte desse mundo ou já passou por tudo isso”, diz Guilherme Amorim, Head de Parcerias da Wayra Brasil, hub de inovação aberta da Vivo/Telefónica.
Como superar os principais desafios dessa jornada? Guilherme Amorim dá 7 conselhos para os empreendedores. Confira!
- Entenda seu propósito – O porquê vai além da missão, visão e valores que são mapeados no plano de negócios. Ele deve ser a essência, ou seja, o motivo pelo qual a sua empresa existe. Isso norteará o planejamento e todo processo de gestão da organização, além de criar conexões genuínas com seus públicos. Um bom exercício para entender o propósito é analisar o contexto da startup e qual o impacto palpável que ela tem na sociedade.
Se ainda está em uma fase inicial e o empreendimento é uma ideia, questione o conceito do negócio. Estude o público, proponha desafios e seja provocativo para estabelecer bem as primeiras bases essenciais para o desenvolvimento da startup, e crescimento como empreendedor também.
- Aprenda a lidar com a burocracia – Há alguns aspectos burocráticos que o empreendedor deve considerar ao criar e gerir uma empresa, como: escolher o tipo, definir o nome para registro de domínio, elaborar um contrato social e comparecer à Junta Comercial de seu estado.
Além disso, escolher um corpo jurídico para representar o seu negócio é necessário desde o início. Aprender a lidar com isso pode ser um pouco desestimulante, mas o apoio legal fará diferença na condução da organização. Por isso, considere ter parcerias estratégicas também neste sentido.
- Conheça seus stakeholders – Seu público vai além do consumidor final, são os colaboradores, a comunidade no entorno de sua empresa, os fornecedores, os investidores, entre outros. O mapeamento pode ser feito de forma direta, com pesquisas de público, e indireta, por meio de dados secundários.
É muito importante conhecer os diversos públicos do negócio, e saber como se aproximar deles para criar as melhores conexões, e despertar o desejo de outras pessoas para fazer o negócio acontecer – no caso do público interno – e também para criar novos produtos, ou agregar valor aos serviços oferecidos para o público externo.
- Crie conexões estratégicas – Entender o seu modelo de negócios implicará em observar quais são os players importantes para fazer networking, como investidores ou até outras startups do ecossistema. Quando isso é feito de forma intencional, seu posicionamento é impulsionado e sua marca, inclusive, tem a oportunidade de se tornar top of mind.
Após mapeá-los, crie e fortaleça esses relacionamentos. Quando uma conexão é realizada por meio de uma experiência, como um almoço ou um coquetel, as chances de sua marca ser lembrada em momentos específicos são cada vez maiores.
- Teste modelos de gestão – Experimentar diferentes modelos para as operações pode ser interessante para verificar qual se adequa mais à cada área do negócio. “Para isso, profissionais especializados e consultorias de gestão empresarial podem ser aliados para a implementação e análise do ambiente da organização.
- Contrate e desenvolva talentos internamente – A gestão de pessoas é uma das tarefas mais difíceis e, ao mesmo tempo, mais recompensadoras. Esse investimento mostrará que os funcionários são parte importante da empresa, e que ela se interessa pelo seu crescimento e desenvolvimento.
Colaboradores que percebem que estão sendo valorizados tendem a permanecer, e assim é possível diminuir a rotatividade da organização, que implica diretamente em custos também. Para isso, há alternativas interessantes como universidades corporativas e startups com as quais é possível fazer parcerias, que oferecem benefícios para proporcionar capacitação e melhorar o bem-estar dos empregados.
- Aposte em marketing – É natural que no início existam algumas dificuldades em como comunicar a essência da empresa e fazer com que o público escolha a marca Saber vender a ideia se inicia no ‘Onde? Como? Quando? Por quê?’. Isso até para os investidores. Esses questionamentos serão a base para falar com as pessoas certas, no momento certo.
Investir em marketing vai além de estratégias de divulgação nas redes sociais; é entender o comportamento de seus consumidores e isso só pode ser feito através de pesquisas e análises. O Google Trends e Analytics podem ser aliados para trazer profundidade neste estágio inicial das campanhas implementadas pelo negócio. – Fonte e outras informações: (https://br.wayra.com/).