Com crescimento de 310% no Brasil em 2020, segundo dados da Valor Investe, as vagas para Tecnologia da Informação (TI) foram potencializadas de maneira irreversível no mercado desde o início da pandemia da Covid-19, com crescimento de 1,2% e abertura de 70 mil posições por ano devido à necessidade de ampliação das atuações de empresas e profissionais em regime de home office e trabalho remoto – que requerem investimentos em TI.
A avaliação é da especialista Christina Curcio, doutora e mestre em Tecnologia e fundadora da Icon Talent, empresa que seleciona talentos e realiza processos seletivos para clientes de todos os segmentos, em especial para Tecnologia da Informação no Brasil e exterior. Com 23 anos de experiência em TI, ela lista a seguir seis dicas essenciais para quem está em busca de uma colocação no mercado.
1) – Perfil atrativo e currículo atualizado – Muitos profissionais de TI se perguntam o que torna seu perfil mais atrativo nas redes sociais para os recrutadores. Primeiramente, é preciso manter um portfólio atualizado de projetos, bem como seu currículo e perfil no LinkedIn. Dados atualizados incluem também os contatos e referências profissionais, para facilitar a busca de quem está recrutando em sites especializados.
Além disso, objetividade na descrição das atividades e cargos almejados, com detalhamento dos cursos, certificações, idiomas e experiências profissionais, além da pretensão salarial média, são dicas valiosas. É importante que o candidato “open to work”, em busca de novas oportunidades de trabalho, atualize suas informações profissionais e compartilhe seu número de contato.
2) – Busca pelas melhores vagas – O candidato precisa avaliar sempre as melhores oportunidades, listando as empresas e cargos de interesse. Não faça cadastro em qualquer vaga, nem perca seu tempo. Busque profissionais de recrutamento e seleção e encaminhe seu currículo atualizado, para vagas que você sabe que estão abertas.
Além disso, tenha sempre listadas as vagas para as quais se candidatou. Infelizmente, algumas empresas criam “perfis fakes” de vagas em busca de banco de currículos. Sempre busque os sites de empresas que estejam com as posições atualizadas em seus sites.
3) – Fora da zona de conforto – Para quem não possui muita experiência na área de TI, a dica é reforçar os aspectos formativos e de comunicação. Foque seus esforços em conhecer além da área de TI. Participe de eventos e conferências cursos nas tecnologias do mercado, realize cursos sobre essas tecnologias, estude inglês e tenha um português ótimo.
Desenvolva um portfólio de projetos, estude sempre e saia da zona de conforto. Não tenha receio de se vender enquanto profissional, e se apresentar de forma proativa aos recrutadores.
4) – Soft skills em alta – Investir em qualificação permanente, com cursos e certificações atualizadas, bom domínio da língua portuguesa padrão e de outros idiomas, além de um networking com profissionais da área também são dicas valiosas, segundo a especialista.
Investir nas chamadas soft skills é fundamental para o lado pessoal e emocional do profissional, potencializando o relacionamento em equipe que reflete na entrega dos trabalhos. Um profissional mais equilibrado é capaz de estabelecer prioridades, reforçar seus pontos fortes, minimizar suas fraquezas e não se abalar facilmente com as pressões e conflitos do dia a dia.
Além do trabalho em equipe e da inteligência emocional, as softs skills em alta incluem criatividade, comunicação, flexibilidade, adaptabilidade, autonomia, dinamismo, resiliência, proatividade, solução de problemas, senso crítico, liderança e ownership (que pode ser interpretada como “sentimento de dono”, a mentalidade diferenciada de quem almeja ver a organização prosperar, assegurando a ela crescimento, estabilidade e lucro).
5) – Estude uma língua – Hoje com a formalização do trabalho remoto, muitas oportunidades estão sendo abertas pelo Brasil e principalmente em outros países. A necessidade de se falar inglês ou espanhol é mais que uma realidade. Mesmo que não tenha um inglês fluente, é importante que o candidato consiga ter uma boa comunicação e, ao realizar uma entrevista, não se envergonhe de não saber uma ou outra frase. Os avaliadores costumam observar a aplicação e dedicação do candidato ao se esforçar na realização da entrevista em inglês.
É normal que as línguas, quando não faladas ou praticadas, sejam esquecidas pelos profissionais. Portanto, não tenha vergonha e se esforce, pois isso é levado em consideração pelos recrutadores. É próprio que muitos candidatos ficam nervosos ao fazer uma entrevista em outra língua. Por isso relaxe, treine e continue seus estudos!
6) – O que não fazer num processo seletivo:
• Falar mal das empresas em que trabalhou
• Currículo incompleto ou desatualizado
• Deixar de entregar o teste técnico ou atrasar a entrega
• Atraso ou despreparo para a entrevista
• Aumentar seus conhecimentos com relação a uma tecnologia
• Falta de controle emocional durante a entrevista
• Não ter prática na língua descrita no currículo
• Falta de referências profissionais
• Respostas vagas ou muito longas
• Pretensão salarial diferente na entrevista
Fonte e outras informações: (www.icontalent.com.br).
