Em um cenário empresarial cada vez mais competitivo, a adoção de práticas de compliance deixou de ser uma opção para se tornar uma necessidade das empresas de todos os tamanhos.
Para pequenas e microempresas, a implementação de um programa pode parecer um desafio, mas é essencial para evitar perdas financeiras significativas. “A governança prepara a empresa para um crescimento sustentável.
Sem ela, a corporação não se desenvolve de forma correta e deixa oportunidades na mesa. Não estar em compliance custa três vezes mais do que estar”, explica a advogada Maria Heloísa Chiaverini de Melo, especialista em Governança e Direito Digital e CEO da BrevenLaw.
Maria Heloísa alerta que estar em compliance não requer, necessariamente, a criação de um departamento completo, mas sim a designação de uma pessoa responsável pela gestão e promoção de uma cultura de conformidade.
A advogada lista cinco regras de ouro para garantir a eficácia do compliance em pequenas empresas:
- – Gere confiança na equipe, promovendo um ambiente onde todos se sintam seguros para reportar irregularidades;
- – Esteja preparado para resolver os problemas encontrados, demonstrando proatividade e compromisso com a conformidade;
- – Faça um planejamento completo de respostas a riscos, antecipando possíveis desafios e definindo estratégias claras;
- – Torne a conformidade acessível a todos os interessados, garantindo que as políticas e procedimentos sejam compreensíveis e aplicáveis por todos os membros da organização;
- – Documente e registre sua evolução, mantendo um histórico detalhado das ações e melhorias implementadas.
Para as micro e pequenas empresas, um caminho viável é a contratação de consultorias especializadas, que oferecem os serviços por valores acessíveis. “Processos de conformidade devem ser ágeis, evitando gastos excessivos de tempo e dinheiro. É importante buscar pessoas assertivas para instalar e gerenciar o processo, focando principalmente na cultura e comunicação assertiva”, recomenda a advogada.
. Tecnologia é aliada das pequenas empresas – Outro importante aliado das microempresas é a tecnologia. Existem diversas ferramentas disponíveis para ajudar as pequenas empresas a implementar práticas de compliance. É possível usá-las para fazer o diagnóstico de maturidade, ou seja, a avaliação do estágio atual da empresa em termos de conformidade.
Podem ser usadas, ainda, para a criação de um plano de ações estruturado e para treinar a equipe. “A tecnologia permite que o pequeno empresário visualize a implementação dos processos, garantindo transparência e eficiência. Essas ferramentas são ágeis, acessíveis e de fácil entendimento, facilitando a implementação de um programa de compliance”, resume a advogada.
. Dê o primeiro passo – A construção de uma cultura de conformidade deve começar antes mesmo de ser exigida por reguladores ou clientes. “Não espere ser cobrado para iniciar o processo, foque na sustentabilidade, treine sempre a sua equipe e crie um ambiente de confiança. Esses são passos essenciais para o sucesso”, detalha a especialista em Governança.
Para pequenas empresas, estar em compliance é um investimento que garante não apenas a conformidade legal, mas também a sustentabilidade e o crescimento do negócio. “Com o apoio de consultorias especializadas e ferramentas tecnológicas, a adoção do compliance é um passo essencial para evitar perdas financeiras e construir uma reputação sólida no mercado.
O objetivo é transformar todo investimento feito em conformidade em rentabilidade para as empresas e isso é determinante para garantir a sobrevivência das companhias em um mercado tão competitivo”, completa Maria Heloísa. Fonte: (https://brevenlaw.com).
