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5 formas diferentes de investir em dólar

em Destaques
quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Dicas são da especialista e professora Marina Prieto da ESEG – Faculdade do Grupo Etapa

Investir em dólares é uma decisão financeira que requer cuidado e compreensão do mercado de câmbio. Isso porque as taxas de câmbio entre diferentes moedas estão em constante flutuação devido a uma série de fatores econômicos, políticos e sociais – e, afinal, ninguém quer perder dinheiro. Por isso, o conhecimento desses fatores é essencial para entender as tendências e prever possíveis movimentos nas taxas de câmbio.

Conforme explica a especialista Marina Prieto, professora de Contabilidade da ESEG – Faculdade do Grupo Etapa, o dólar americano (USD) é uma das moedas mais utilizadas e negociadas no mundo, o que leva muitos investidores a vê-la como uma reserva de valor e uma forma de proteger seu patrimônio contra flutuações econômicas e políticas. Mas, apesar disso, investir em moedas estrangeiras sempre carrega riscos cambiais.

“Compreender as diferentes variáveis econômicas, como taxas de juros, inflação, balança comercial e políticas monetárias, é essencial para avaliar o valor de uma moeda e como ela pode se comportar no futuro”, afirma a professora da ESEG.

Marina elencou cinco formas diferentes de investir em dólares, reforçando se tratar de uma atividade complexa que envolve riscos e recompensas, além de demandar estudo. Confira as dicas da especialista:

1 – Mercado de Câmbio (Forex)

Forex é a abreviação de “foreign exchange” (câmbio estrangeiro) e refere-se ao mercado global onde as moedas são negociadas umas pelas outras. É o maior e mais líquido mercado financeiro do mundo, onde instituições financeiras, empresas, investidores individuais e até mesmo governos compram e vendem diferentes moedas em uma tentativa de lucrar com as flutuações nas taxas de câmbio.

O Forex envolve a compra e a venda direta da moeda. Segundo ela, isso é mais comum ser feito por meio de corretoras on-line. “No entanto, o mercado Forex é altamente volátil e requer conhecimento significativo para negociar com sucesso”, esclarece Marina.

2 – Fundos Cambiais

São fundos mútuos ou ETFs (Exchange Traded Funds) que acompanham o desempenho do dólar em relação a outras moedas. Esses fundos permitem que se invista indiretamente em dólar, sem a necessidade de negociar diretamente no mercado Forex.

“Investir em fundos cambiais pode oferecer uma forma de diversificação além dos ativos tradicionais, como ações e títulos. Isso pode ajudar a reduzir o risco da carteira, pois as moedas frequentemente se comportam de maneira diferente dos outros ativos”, revela a professora.

Ela lembra que os fundos cambiais podem ser usados para proteger uma carteira contra riscos cambiais. Por exemplo, um investidor que possui ativos denominados em uma moeda estrangeira pode investir em um fundo cambial que rastreie a moeda em que os ativos estão denominados. “Isso ajuda a compensar possíveis perdas devido a variações cambiais”, analisa a especialista.

3 – Títulos do Tesouro dos EUA

Conhecidos como Treasuries, são emitidos pelo governo americano e são considerados investimentos seguros. Eles podem ser adquiridos por investidores estrangeiros e oferecem uma forma de investir em dólar com um grau de segurança.

Os Títulos do Tesouro são considerados um dos investimentos mais seguros disponíveis no mercado. Isso ocorre porque são emitidos pelo governo dos EUA, que é considerado altamente solvente. O risco de inadimplência é geralmente considerado extremamente baixo. Além disso, os pagamentos de juros dos Títulos do Tesouro são geralmente fixos e previsíveis. “Isso é atraente para investidores que buscam fluxos de caixa estáveis e consistentes”, explica Marina.

4 – Ações de Empresas Americanas

Investir em empresas dos Estados Unidos também pode ser uma maneira indireta de se expor ao dólar, já que o desempenho dessas empresas está relacionado à economia dos EUA.

Muitas das principais empresas de tecnologia do mundo, como Apple, Microsoft, Amazon, Google (Alphabet) e Facebook, estão sediadas nos EUA. Investir nessas empresas pode permitir que os investidores participem de inovações tecnológicas e tendências de mercado, de acordo com a especialista da ESEG.

5 – Commodities

Investir em commodities envolve a compra e venda de matérias-primas físicas, como metais, energia, alimentos e produtos agrícolas. As commodities desempenham um papel importante nas economias globais e são negociadas em mercados especializados. Algumas, como o petróleo, são negociadas em dólar. “Portanto, investir em commodities também pode estar relacionado ao desempenho do dólar”, indica a professora.

Para finalizar, ela lembra que, antes de investir em dólar ou qualquer outro ativo, é fundamental fazer uma análise cuidadosa da situação financeira, dos objetivos de investimento e da tolerância ao risco. Além disso, Marina lembra que considerar a diversificação da carteira é importante para reduzir o risco. “Minha recomendação é buscar aconselhamento financeiro de um profissional qualificado antes de tomar decisões de investimento significativas”, reforça a especialista da ESEG.