As perspectivas de retomada de programas de moradia e dos incentivos na indústria – já sinalizados como prioridades do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) -, que por conseguinte beneficiarão o setor da construção, bem como a tendência de aumento da oferta no curto prazo e expectativa de recuperação da demanda mais adiante, tornaram o mercado imobiliário mais atraente para investimentos.
Ressalta-se que em 2022, o preço da locação de unidades residenciais subiu 6,12% no ano contra 16% dos aluguéis no período, maior alta em 11 anos, segundo o FipeZap. Outra opção que ganhou relevância foram os fundos imobiliários, que de acordo com o Ifix, índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na bolsa brasileira, encerrou o ano com rentabilidade acumulada em 2,22%.
Se o investidor almeja investir diretamente em imóveis como forma de aumentar o patrimônio, o segmento residencial lidera as apostas, com 74% das indicações de agentes do setor. Na sequência, especialistas indicam investimentos em galpões (41%) e em loteamentos (38%) como as melhores opções no mercado imobiliário atualmente.
Em virtude dos efeitos da pandemia, hotéis (7%), shoppings (13%) e escritórios (14%) surgem, nesta ordem, entre os segmentos com menor potencial de valorização neste ano, conforme destacou recentemente o jornal Valor Econômico.
Destaca-se que de acordo com pesquisas, houve uma procura menor no mercado imobiliário,o que viabiliza ao investidor um poder de negociação muito maior, o que a médio prazo, pode aumentar o potencial de ganhos com o imóvel.
Outrossim, o indicador de maior risco em 2022, segundo o estudo de setor, era o ambiente político institucional do país. Findadas as eleições, empossado o novo Presidente, o atual governo começa a dar as diretrizes econômicas, sendo claro o desafio das taxas de juros elevadas, uma preocupação para quase 80% das construtoras.
De um lado, a projeção é de manutenção do patamar dos juros próximo dos 14% ao ano; do outro, a pouca demanda faz uma pressão baixista nos preços do mercado, particularmente no segmento de imóveis usados.
Outro fator que influenciará o panorama das grandes cidades é o retorno ao trabalho presencial pelas grandes empresas, o que, consequentemente traz as pessoas de volta aos centros urbanos. Na cidade de São Paulo, há previsão pela Propdo de um aumento de 4% a 6% sobre os preços dos imóveis para este ano.
Portanto, de 2024 em diante – horizonte que o mercado projeta para os cortes nas taxas juros – os imóveis tendem a se valorizar ainda mais, sendo que 2023 pode ser o ano para o investidor comprar mais barato e ver a valorização de seu imóvel já em 2024.