Como receber trabalhando remotamente para empresas dos EUA?

em Carreira e Mercado de Trabalho
segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Trabalhar remotamente para o exterior tem sido atrativo para o setor de tecnologia; afinal, o salário mensal de um engenheiro pleno de software, por exemplo, quando convertido de dólar para reais, pode chegar a quase R$ 75 mil, de acordo com o Relatório Global de Contratações Internacionais da Deel.

O modelo motiva os profissionais, mas requer encontrar um meio para receber os pagamentos. Já existem fintechs no mercado que facilitam as transferências de forma moderna, econômica, prática e segura, sendo o Pix uma das alternativas para a chegada dos valores convertidos no Brasil.

Antes, transferências internacionais ficavam limitadas a bancos tradicionais com operações demoradas, altas taxas e sem flexibilidade para transferências a qualquer hora.

“A grande diferença é que agora os brasileiros podem transferir seu pagamento para o Brasil via Pix e em poucos minutos, o que traz maior controle sobre a operação de câmbio”, explica Samyra Ramos, gerente de marketing da Higlobe, fintech de recebimento de pagamentos para brasileiros que trabalham remotamente para os EUA.

Para receber os pagamentos em dólar, a especialista orienta que os profissionais escolham o método de pagamento que conversa melhor com seus critérios. Algumas delas aceitam receber transferências de empresas globais e outras apenas de países específicos, então é interessante avaliar qual atende melhor à necessidade do trabalhador.

No caso de fintechs que trabalham apenas com empresas dos EUA, é importante verificar os documentos exigidos para abrir uma conta. Por vezes, apenas um documento de identificação como RG e CNH é suficiente. Ter uma conta-corrente ativa no Brasil também é um requisito, pois é para ela que será encaminhado o dinheiro quando for retirado da fintech.

Outro ponto a definir é se o dinheiro será retirado como pessoa física ou pessoa jurídica, pois isso implica em questões fiscais e de declaração de impostos. Ramos ressalta que contar com um especialista em contabilidade nesses momentos é uma boa opção, já que os procedimentos de abertura podem variar de uma fintech para a outra.

Com essas escolhas estabelecidas e a abertura da conta finalizada, será possível ter um número de conta internacional ou um número de conta americano, como é o caso da Higlobe. Assim, resta compartilhar essas informações com a empresa ou pessoa a quem prestará o serviço para ela encaminhar seus pagamentos.

Transferências entre a empresa e o profissional são eletrônicas e podem ser feitas via Swift ou ACH, sendo esta última mais rápida e menos custosa para quem recebe e para quem envia os valores. “O verdadeiro benefício é não sentir o peso no bolso ao receber seus pagamentos”, comenta Samyra.

“O importante é entender se com o método escolhido você terá autonomia para movimentar seu dinheiro, ou seja, se ele permite escolher manter ou retirar os dólares da conta quando quiser ― quando a cotação do dólar está mais vantajosa, por exemplo ― e se oferece taxas baixas e de câmbio competitivas”, complementa. – Fonte e outras informações: (https://higlobe.com/pt-br).