À medida que o mercado de trabalho continua a evoluir em inúmeras vertentes, as expectativas e as demandas dos profissionais também acompanham essa transformação, e as tendências projetadas para o próximo ano já entram em debate no setor.
De acordo com Fernando De Vincenzo, general manager e sócio da Cornerstone Career Services, divisão especializada da Cornerstone Havik dedicada a transformar a maneira como profissionais e empresas lidam com suas jornadas de carreira, há três frentes de suma importância que devem ser moldadas em 2025: a integração de novas tecnologias, a maior preocupação com o bem-estar dos colaboradores e os modelos de trabalho flexíveis.
“Empresas que estiverem à frente dessas mudanças certamente encontrarão um caminho mais próximo de serem bem-sucedidas em atrair e reter talentos, sobretudo em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo”, comenta De Vincenzo. Para isso, as três direções são:
1 – Automação e IA na gestão do tempo – Com a ampliação do uso da Inteligência Artificial (IA) no ambiente corporativo, ferramentas de automação ajudarão os profissionais a gerenciar suas tarefas de forma mais eficiente, indo desde assistentes virtuais que organizam agenda até sistemas que priorizam atividades de acordo com os prazos e importância.
Conforme a pesquisa de tendências 2024 da Catho, plataforma gratuita de empregos, para 55,3% das empresas respondentes, a Inteligência Artificial é prioridade já neste ano.
2 – Trabalho híbrido consolidado e personalizado – Para o próximo ano tenha-se essa personalização do modelo híbrido, onde empresas adaptarão horários e dias de trabalho às necessidades de cada equipe ou, até mesmo, de cada colaborador, promovendo maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Ainda segundo a pesquisa da Catho 55,6% das companhias acreditam que a principal forma de contratação para o próximo ano seja híbrido.
3 – Bem-estar integrado à jornada – Outro ponto importante é como o bem-estar dos colaboradores tem se consolidado como uma prioridade estratégica para as empresas, influenciando diretamente a produtividade e o engajamento.
Esse cuidado vai além da permanência do funcionário na organização, estendendo-se também ao processo de desligamento — conhecido como offboarding —, que desempenha um papel crucial na construção de uma cultura organizacional saudável e na preservação da reputação corporativa.
Segundo um levantamento recente da Pluxee, 76% dos profissionais afirmam que sua performance no trabalho é afetada quando não cuidam de sua saúde física ou mental. Além disso, dados da Betterfly apontam que empresas que promovem práticas de bem-estar, como pausas programadas para exercícios e programas de saúde mental, observam um aumento médio de 22% na produtividade de suas equipes.
O offboarding, em particular, destaca-se como um processo essencial para garantir transições respeitosas e alinhadas aos valores corporativos. Quando bem conduzido, esse processo não só preserva a dignidade do colaborador desligado, mas também fortalece o employer branding e constroi uma percepção de empresa ética e responsável.
Essas tendências são um reflexo de uma sociedade mais conectada e dinâmica. Para empresas e profissionais, o segredo estará em enxergar a flexibilidade como uma oportunidade, e não como um desafio.
“Na prática, isso significa que o bem-estar dos colaboradores, aliado a um processo de offboarding humanizado, pode se tornar um diferencial competitivo para as organizações, sendo essencial para criar ambientes de trabalho que inspirem confiança e inovação”, finaliza Fernando – Fonte e mais informações: (https://careergroup.com.br/).