Otávio Pepe (*)
Vivemos em uma era onde os dados são o ativo mais valioso de qualquer empresa. Desde informações pessoais de clientes até estratégias corporativas confidenciais, o volume de dados armazenados e compartilhados diariamente pelas empresas cresce exponencialmente. No entanto, esse aumento traz consigo uma questão cada vez mais urgente: a segurança de dados.
A importância da segurança da informação vai além do cumprimento de legislações como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) no Brasil ou o GDPR (General Data Protection Regulation) na Europa. Trata-se de proteger a confiança de clientes, parceiros e colaboradores, além de resguardar a própria sustentabilidade do negócio em um ambiente cada vez mais digital.
. Aumento no caso de ataques cibernéticos – São uma realidade para empresas de todos os portes e segmentos. De acordo com um levantamento feito pela Check Point Research, empresa especializada em proteção contra ciberameaças, foram 1.636 ataques hackers por semana no segundo trimestre de 2024.
Isso representa um aumento de 30% em comparação com o segundo trimestre de 2023, e de 25% em relação ao primeiro trimestre deste ano. Esses ataques não apenas expõem dados sensíveis, mas também podem gerar prejuízos financeiros, danos à reputação e perda de competitividade.
. Uma cultura de segurança – Proteger os dados de uma empresa não é responsabilidade apenas do setor de TI. É essencial criar uma cultura organizacional voltada à segurança da informação, onde todos os colaboradores entendam seu papel e a importância de seguir práticas seguras, como o uso de senhas fortes, autenticação multifator e atenção a tentativas de phishing.
Investir em ferramentas tecnológicas é fundamental. Soluções como firewalls, antivírus, sistemas de monitoramento e criptografia de dados ajudam a mitigar riscos. Além disso, o uso de inteligência artificial para identificar comportamentos anômalos em redes corporativas pode ser um diferencial importante na detecção precoce de possíveis ataques.
. Compliance como prioridade – A adequação às regulamentações de proteção de dados não deve ser vista como um custo, mas como um investimento. Estar em conformidade com leis como a LGPD demonstra comprometimento com os direitos dos usuários e reforça a imagem da empresa como ética e confiável.
A segurança de dados não é apenas um desafio técnico, mas também estratégico. Empresas que priorizam a proteção de suas informações ganham a confiança de seus clientes, evitam perdas financeiras e se destacam em um mercado competitivo. Proteger dados não é um luxo, é uma necessidade. Quanto antes as empresas agirem, mais preparadas estarão para enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais digital e conectado.
(*) – É Diretor Brasil da Externalia Solutions (https://externalia.es/en/).