Thiago Xavier (*)
As empresas funcionam como um lego: precisam ser, constantemente, desmontadas e remontadas conforme o cenário mercadológico no qual se encontram. O ano de 2023 foi bastante desafiador para muitas, ainda em resposta, principalmente, aos impactos sentidos durante o isolamento social, o qual exigiu mudanças estruturais importantes em prol da otimização do negócio.
Agora, em 2024, entramos em um período de reorganização do corporativo, onde a realização de um diagnóstico constante sobre as operações será fundamental para a tão importante estabilização do negócio em seu segmento. Os efeitos gerados com a pandemia levaram muitos empreendimentos a aplicar mudanças necessárias para evitarem impactos bruscos em suas operações. Isso fez com que o ano de 2023 fosse fortemente dedicado a esse olhar para dentro, reajustando desde a gestão interna, até o relacionamento e parcerias com stakeholders.
Foi um momento de tomada de decisões rápidas e, ao mesmo tempo, de forma muito planejada, simplificando o que fosse possível para que pudessem sedimentar suas estratégias em 2024. Uma das novidades mais nítidas sentidas em nível global foi a intensificação da adoção do modelo híbrido, junto a medidas que garantissem a produtividade e interação dos times à distância.
Agora, entramos em um momento crucial para a consistência empresarial que, para que possa ser conquistada, dependerá da maleabilidade da agenda corporativa em prol de um aprendizado contínuo. Construir e desconstruir, revisitando tudo e a todo o momento, mantendo disciplina na execução das ações determinadas e reajustando o que for preciso para a conquista dos resultados desejados.
As dificuldades impostas nos últimos anos deixaram claro que manter um compromisso rígido não é algo estratégico para nenhuma operação. Ao invés disso, as empresas precisam ter humildade em compreender a importância dos ajustes de rota constantemente, de forma que consigam se reorganizar diante dos imprevistos que podem acometer o mercado a todo o momento.
Aqui, o papel do RH se mostrará extremamente importante, atuando como um parceiro de negócio do ponto de vista de pessoas, e apoiando as empresas nessas mudanças precisas – seja através da capacitação das equipes, estratégias de retenção de talentos, e demais pensamentos críticos que permitam a adoção de um prisma de apoio aos líderes nas melhores decisões sobre as equipes.
Nisso, a abertura à aprendizagem e competência se mostram peças indispensáveis, incorporando as tendências inovadoras do mercado que possam contribuir com isso, como ocorre nas tecnologias avançadas como a inteligência artificial. A disciplina de planejamento aliada à humanização dos processos, leitura de cenário, visão abrangente do negócio, criatividade e autoconhecimento, serão as bases precisas para uma condução flexível das operações, mantendo um diagnóstico constante das operações perante as mudanças exigidas.
Afinal, muito além de um CNPJ, as empresas são formadas por um conjunto de CPFs, que precisam estar engajados no mesmo objetivo para que tenham o combustível necessário e consigam traçar as melhores rotas para a conquista de resultados cada vez melhores.
(*) – É sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção (https://wide.works/).