Osni Lourenço (*)
O mundo é cercado de água, terra e pessoas. Os indivíduos são diferentes uns dos outros, e é por isso que a vida é tão apaixonante.
Não podemos imaginar se o planeta fosse habitado por uma única espécie – muito menos por pessoas iguais. Mas, o que faz as pessoas serem diferentes umas das outras? Por que algumas são ricas, pobres, doentes, saudáveis, felizes ou infelizes. As respostas exatas não existem, porém, alguns fatos explicam com clareza os caminhos para possíveis conclusões. A primeira delas, certamente, está no interior do ser humano.
A criação de sua personalidade vem desde o embrião, e seus primeiros aprendizados na infância contribuirão para a personalização do seu ser único. Nascem desenhistas sem curso, matemáticos por natureza, e escritores que criam poesias na imaginação. Contudo, o outro lado da mente carrega medo, angústia, resistência – características negativas que irão desencadear comportamentos ruins na questão física e emocional na fase adulta.
Nesse contexto, a resposta para o comportamento atual de todos nós pode estar no passado. Desde uma gravidez complicada até momentos vividos na infância, as situações que estão gravadas no inconsciente humano ditam sua personalidade e a maneira como irá lidar com inúmeras situações no decorrer da jornada da vida, inclusive nos relacionamentos com outras pessoas.
Para ilustrar, há pessoas que têm receio de falar alguma coisa para o parceiro, com medo da reação do mesmo, ao passo em que outras preferem falar tudo que vem à mente, e não guardar nada para si. E, simultaneamente, elas preferiam, em algum momento, serem diferentes e, eventualmente, acreditar que a mudança resolveria parte dos seus problemas.
Nesse sentido, grande parte dos problemas físicos e emocionais de um indivíduo tem como diagnóstico o seu passado. Os sentimentos negativos enraizados se manifestam em atitudes no presente, e não sabemos disso. O que é gerado no dia a dia com um passado mal resolvido são consequências de uma atitude inconsciente, traduzidas em enxaqueca, ansiedade, tristeza, depressão, dores abdominais, na coluna e nos ombros etc.
A Reflexologia entra como terapia integrativa, não para tratar essas questões de origem, que não tem um efetivo tratamento isoladamente, seja com o psicólogo ou com qualquer outro especialista. Ela consiste em manipular pontos-chave do corpo através dos pés, que tem por objetivo estimular o sistema nervoso de maneira integrativa – problemas que, eventualmente, são de origem emocional. Cada sessão deste tratamento dura cerca de uma hora, e normalmente o paciente é submetido a dez sessões.
A função da Reflexologia é pegar as emoções e os sentimentos ruins das situações vivenciadas em algum momento da vida e transformá-los em novos, eliminando da mente o reflexo inconsciente negativo e devolvendo ao cérebro as imagens reais e naturais do ser humano que estavam encobertas.
(*) – É reflexoterapeuta há 30 anos, cientista em reflexologia e fundador do IOR Instituto Osni Lourenço de Reflexologia e Pesquisa