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Publishers e empresas: junção que vem se tornando comum

em Artigos
quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Bruno Gomes (*)

Nós, que trabalhamos com marketing, costumamos comparar a jornada do cliente a um funil que vai desde o aprendizado e descoberta, até a decisão de compra.

Essa primeira etapa refere-se ao brand awareness, quando o indivíduo toma conhecimento da marca e seu produto. Em seguida, reconhece-se a existência de um problema, então o indivíduo considera a solução e, buscando fechar essa lacuna, toma a decisão de compra, se tornando, de fato, um cliente.

Logo, para as marcas, é essencial saber atrair a atenção de seu público-alvo. Hoje em dia, o melhor caminho para isso são as redes sociais. No entanto, simplesmente estar presente em todas as plataformas de mídia social não é o suficiente. Para ganhar a atenção e incentivar o processo de aprendizado e descoberta de seus produtos, a marca deve apresentar um conteúdo atrativo que prenda a audiência, seja por vídeo, foto ou texto.

A presença nas redes sociais envolve uma série de objetivos: educar o público sobre os produtos, convencê-lo de que a compra é realmente necessária, apresentar os valores da marca e criar um senso de comunidade entre a empresa e seus seguidores. Antes, poucas companhias disputavam a atenção das pessoas, mas com a democratização de equipamentos e programas de edição de vídeo e fotos, vivemos em um mundo onde todos podem produzir conteúdo, ou seja, os feeds das redes sociais estão fortemente saturados.

Para se destacar é necessário apresentar um conteúdo que não seja só atraente, mas que principalmente se conecte, agregue valor, que faça parte daquele contexto e gere algum tipo de experiência e relevância para a vida de quem é impactado por ele. É por isso que hoje, constatamos uma transformação do setor com a chegada dos influencers e empresas de mídia.

Antigamente era muito mais nítido e fácil de identificar quais eram as empresas de comunicação, como os grandes grupos tradicionais, e quais eram as empresas que vendiam produtos propriamente ditos. Hoje já não é mais assim. Os caminhos se encontraram e a nova tendência é quase irreversível, como é o caso do Jovem Nerd e Magalu, Centauro e Desimpedidos, BTG e Exame, XP e Infomoney, Carrefour e Cybercook.

O conteúdo deixou de ser um caminho a parte e hoje também faz parte da gama de produtos que as empresas oferecem. Mais do que isso, o conteúdo muitas vezes é o que gera essa conexão e essa empatia entre marca e consumidor. Hoje, num mercado tão competitivo, quem mais se identifica com o público e proporciona experiências, leva.

Todos os caminhos precisam levar para um mesmo fim: experiência do cliente e uma comunicação assertiva. Por isso, muitas companhias buscam encontrar nos publishers, o gap que faltava para se destacar no mercado. Mas sabemos que essa decisão de comprar uma empresa é sempre difícil, ainda mais quando ela não faz parte do core da compradora.

Um dos principais pontos é analisar se a audiência desse publisher faz sentido para a marca e se ela é composta por possíveis consumidores. Se a resposta para ambas as perguntas for sim, então a empresa compradora estará fazendo uma boa escolha. O publisher traz inovação e melhora a percepção da marca. Além disso, sua audiência engajada gera dados e atenção para o produto dessas empresas. Dessa forma, a companhia passa a investir menos em mídia externa e consequentemente aumenta as suas receitas.

E é por isso que, hoje, cada vez mais empresas estão comprando “criadores de conteúdo”.

(*) – É Head de Vendas e Parceria de Marcas da Tastemade Brasil e LatAm.