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PIB, um indicador de saúde econômica das regiões

em Artigos
quinta-feira, 20 de julho de 2023

Regiane Lenardon (*)

O Produto Interno Bruto (PIB) de um Estado corresponde à soma de tudo o que foi produzido, e envolve a produção de mercadorias e a prestação de serviços remunerados. Resultado da soma do valor de todos os bens e serviços finais realizados em uma determinada localidade ao longo de um tempo específico, o PIB tem como função acompanhar a atividade econômica de um país ao longo do tempo.

PIB maior representa economia aquecida, enquanto números em queda podem indicar risco de recessão. Com o PIB em alta, temos sinais de que a população tem poder de investimento, bem como o próprio Estado.

Em valores correntes, o PIB paulista alcançou R$ 3,22 milhões em 2022. No mesmo período do ano anterior, R$ 2,82 milhões. Entre todos os entes federativos, São Paulo tem o maior PIB. A título de comparação internacional, se o Estado de São Paulo fosse um país, sua economia estaria próxima às 20 maiores no ranking mundial.

Levantamento da Fundação Seade mostra que o PIB paulista avançou 0,3% no primeiro trimestre de 2023 em comparação ao trimestre imediatamente anterior, já descontados os efeitos sazonais, com destaque para o setor de serviços (terciário, composto pela venda de produtos e prestação de serviços), com 3,6% de crescimento.

De modo geral, o setor terciário é atualmente responsável por grande parte do PIB e pela geração de empregos, tornando-se o maior ramo da economia não só no Estado de São Paulo, mas também no país, impulsionando o desenvolvimento econômico de ambos.

O PIB é utilizado por gestores e empresários que buscam destino para seus investimentos, e pesquisam locais onde o índice demonstra melhor desempenho da economia local. De tempos em tempos surgem propostas para melhorar a participação de outros setores na economia, inclusive da indústria, que já teve grande participação no PIB, tanto nacional quanto paulista.

O conhecimento do PIB é essencial para o planejamento econômico e a formulação de políticas públicas. Os governos utilizam as informações consolidadas para tomar decisões sobre alocação de recursos, estabelecimento de metas econômicas e implementação de políticas para promover o crescimento econômico, como investimentos em infraestrutura, educação e saúde.

Para uma medida mais abrangente do progresso humano ou do bem-estar há de se levar em consideração fatores como distribuição de renda, acesso a serviços básicos e sustentabilidade ambiental. O ideal é que qualquer proposta para melhoria da economia do Estado, e do país como um todo, seja baseada em uma visão sistêmica que engloba esses outros fatores.

Para auxiliar nisto, são realizadas pela Fundação Seade análises das principais tendências da economia do Estado de SP. Este trabalho é divulgado regularmente por meio dos produtos PIB Mensal, PIB Trimestral, PIB Regional e PIB Projeções. Consolidadas em nossa ampla base de dados, de consulta gratuita, estas pesquisas são referências nacionais naquilo que se refere a análises e estatísticas abrangendo todo o território paulista.

(*) Chefia de Contas Regionais da Fundação Seade.