Vera Lucia Rodrigues (*)
Ao final de uma corrida em Mônaco, em que ocorreu um acidente grave, um piloto pergunta ao vencedor se ele não tinha visto o tal acidente, já que este havia chegado bem à frente dos demais.
O ganhador responde que sim, que tinha visto. “Mas eu sei que, quando acontece um acidente como esse, todos ficam assustados e desaceleram – mas eu aproveito para acelerar e ganhar”, reponde o vencedor.
A cena é de um filme (antigo) sobre a Fórmula 1, mas a lição pode ser aplicada com muita precisão ao atual ambiente de crise econômica, em que a grande maioria dos empresários tende a se retrair, a pôr o “pé no freio”. Nessas circunstâncias, quem tiver coragem para pôr o “pé na tábua” tem grandes chances de se dar bem. Afinal, todo economista que se preze sabe que o processo econômico é feito de ciclos: após uma bonança, sempre ocorre uma crise – e vice-versa.
O atual momento é de crise, que talvez se aprofunde, mas que não será eterna. Dada essa incerteza, não é o momento apropriado para começar um novo empreendimento, mas o empresário que já está no mercado – e não pretende desistir – só tem duas alternativas: pôr o pé no freio – e ser passado para trás – ou na tábua e chegar na linha de frente. Acelerar em tempos de crise implica, porém, planejar bem as medidas a serem adotadas, concentrando esforços em ampliar a presença e visibilidade da empresa nos mercados que a crise pode ter reduzido, mas não anulou por completo.
Diante desse desafio, a assessoria de imprensa se torna uma importante ferramenta de marketing e fixadora de marca. Induzir a veiculação de produtos, serviços e marcas em jornais, revistas, sites e demais canais de comunicação eletrônicos, desde que rigorosamente selecionados, é uma tarefa que cabe a uma assessoria experiente e bem estruturada.
A eficiência desse trabalho pode – e deve – ser dimensionada à medida que ele vai sendo desenvolvido, já que os veículos de comunicação costumam dar resposta imediata a uma divulgação bem feita.
Por último, vale lembrar a relação custo-benefício favorável do trabalho de assessoria de imprensa, em comparação com outras atividades de marketing, especialmente as campanhas publicitárias, fator esse que assume maior relevância em um momento em que as empresas têm pouca munição no carregador e que, portanto, precisam caprichar na pontaria.
(*) – É mestre em comunicação social, com ênfase em jornalismo e diretora da Vervi Assessoria, empresa que há mais de 35 anos desenvolve projetos na área de comunicação corporativa.