Bruno Torres (*)
Desde a Revolução Industrial – entre os anos de 1760 e 1830 – a sociedade questiona relação entre máquinas e a força humana.
Durante algumas décadas, a discussão ocorreu sobre como seria a utilização e a adaptação sobre elas, entretanto com a evolução tecnológica a discussão ficou mais aprofundada e com isso começou a ganhar força as conversas sobre robotização e o impacto disso dentro da sociedade, onde a tendência é ganhar em produtividade e economia.
Essa é uma nova revolução! Tão importante como a primeira, ela possui novas possibilidades, já que os mercados evoluíram e a tecnologia todos os dias apresenta algo novo para nós. Uma das discussões sobre esse novo momento é se haverá uma substituição massiva de pessoas por máquinas e podemos dizer: fiquem calmos, os robôs são benéficos para todos. Isso significa que iremos ganhar mais agilidade, economia e conquistar melhores resultados.
Precisamos nos desprender do pensamento de substituição, de que as máquinas irão dominar os humanos e tudo mais dos filmes de ficção científica. Precisamos aceitar que as máquinas corrigem erros e potencializam a qualidade humana, desta forma conseguiríamos nos focar nas coisas que realmente deveríamos, isso significa que conseguimos multiplicar os números positivos de forma muito forte.
O motorista de caminhão, por exemplo, é uma profissão que possui 76% de chance de ser substituída por robôs – segundo o site americano Will Robot Shake My Job – mas isso pode não ser uma verdade concreta. Essa projeção cai por terra quando pensamos que esse profissional pode se especializar, evoluir profissionalmente e dominar as máquinas para que o mercado de transporte seja mais efetivo e otimizado.
Seria a mescla da experiência da estrada com toda a segurança que a “perfeição” das máquinas possuem, isso quer dizer que o número de acidentes iria diminuir, que os profissionais não iriam possuir uma jornada excessiva de trabalho e afins. Isso reverteria, neste caso, a diminuição de potenciais profissionais da área, já que muitos não escolhem ser um profissional das estradas por medo de sinistros ou acidentes.
Imagine que uma profissão com altos riscos se tornaria algo incrivelmente seguro, potencializando a qualidade dos profissionais e da cadeia como um todo. Essas mudanças tendem a impulsionar a qualificação profissional dentro de diversas áreas, isso cria um ciclo positivo que afasta qualquer medo de “substituição”, já que o valor de um colaborador repleto de qualificações é incalculável perto da programação de algum maquinário.
Os dois lados possuem uma sintonia e isso significa que o momento é de adaptação, de preparação para ser ainda qualificado, mais estratégico, já que as robôs irão precisar de alguém que os programem, refinem e controlem.
(*) É Diretor de Marketing da CargoX (www.cargox.com.br).