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O impacto do metaverso no ambiente dos negócios

em Artigos
quinta-feira, 13 de abril de 2023

Gabriela Barreto (*)

O metaverso é uma evolução da realidade virtual.

Nele há a imersão do usuário em um ambiente paralelo em que ele se apresenta utilizando uma representação visual chamada de avatar. Num futuro próximo, há tendência de que grande parte desse público tenha um ou mais avatares.

Inicialmente, a realidade virtual surgiu para gerar uma interação entre um computador e um usuário, promovendo efeitos visuais incríveis. Mas, até então, o computador produzia no ambiente virtual efeitos reais no ambiente virtual. Com o metaverso, o usuário vai ser representado por um personagem no ambiente digital.

Nesse cenário, ele poderá apresentar características físicas, condições financeiras, hábitos e costumes, viajar, fazer compras, morar numa casa, num universo bem diferente da sua realidade. Shows, museus, shoppings e até uma missa fazem parte da lista de entretenimentos disponíveis no metaverso.

Além disso, caso ele construa um patrimônio virtual, a contabilidade terá um espaço também, com normas próprias específicas para negócios digitais, vale lembrar que produtos não serão tangíveis e serão produzidos por programa de realidade virtual. Desse modo, o cálculo dos custos e do patrimônio das pessoas físicas e jurídicas terá um novo parâmetro.

Por exemplo, o usuário poderá adquirir no metaverso o direito de ter acesso à uma bolsa de uma marca famosa, sem sequer ter tido a oportunidade de tocar fisicamente. Também poderá comprar de forma virtual uma casa sem precisar ter ido ao local.

Já existem diversas marcas, que estão vendendo produtos digitais para avatares, como é o caso da Nike, que comprou uma empresa de tênis virtuais para realizar comércio eletrônico no metaverso. A mudança também começa a acontecer com produtos físicos, como é o caso dos itens comercializados pela influenciadora digital, Boca Rosa, que há pouco lançou uma loja de cosméticos no metaverso.

Quem presta o atendimento é o avatar da empresária Bianca Andrade chamado “Pink” e todo produto lá comercializado é enviado para a casa do consumidor. Ou seja, o avatar vende o produto no ambiente digital para ser entregue pessoalmente. Assim, é configurar uma relação bilateral na forma de comércio no metaverso.

Além disso, serviços como consultoria de estilo, contabilidade, advocacia, arquitetura e ensino também estão sendo implementados no metaverso.

Acreditamos, também, que novas profissões serão criadas com a chegada dessa tecnologia, o que significa que os jovens devem estar atentos a esse novo modelo de negócio.

(*) – É professora no curso de ciências contábeis da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio (FPMR).