Bruno Corano (*)
Mais de uma vez eu ouvi de líderes de empresas que montar um time de excelência é um dos maiores desafios no mercado profissional. É assim, pois não importa o porte do negócio, o cenário político e econômico e nem se o produto ou serviço é inovador ou não – ninguém faz absolutamente nada sozinho. Contratar colaboradores engajados é mandatório para escalar qualquer empreendimento.
Nova York é uma das cidades de concorrência mais acirrada que existe e, mesmo assim, talvez esteja a anos-luz em nível de otimização de equipes. O segredo por trás de tanto impulsionamento talvez esteja em sua própria formação coletiva: inclusiva e diversa.
Não é sempre fácil. Oportunidades não caem do céu, mas eu sempre escuto a mesma história dos imigrantes, especialmente os brasileiros, que estão reconstruindo suas vidas na cidade. Aqui, os sonhos se tornam possíveis.
Quando falamos sobre a importância da diversidade nas empresas, podemos comparar com Nova York. O ponto crítico nunca é atrair os talentos. Pessoas do mundo inteiro, com os mais diferentes repertórios, querem se estabelecer na cidade que é o coração financeiro do mundo. Mas como garantir a permanência e ainda garantir acesso às camadas mais desejadas?
O que faz as pessoas, de fato, se sentirem incluídas em Nova York é uma cultura bem estabelecida de valorização da diversidade. Onde:
- Diferenças são apreciadas.
- Debates são incentivados e respeitados.
- Heterogeneidade cultural é um valor-base.
- Multiplicidades são reverenciadas.
- Pluralidade é sinônimo de abundância.
Esses são os princípios humanos que norteiam Nova York e toda empresa inclusiva e preocupada com gestão de pessoas deveria segui-los.
Uma empresa acelera o próprio desenvolvimento e otimiza seu desempenho mercadológico com uma escuta ágil e integral. Quando investe em uma liderança atualizada e preparada, em constante formação, para lidar com os desafios da contemporaneidade. Quando pensa fora da caixa e valoriza colaboradores com visões de mundo diferentes.
Grupos heterogêneos estão mais preparados para a resolução de conflitos cotidianos, assim como ampliam a capacidade de inovação do ambiente. A flexibilidade de uma equipe dinâmica e diversa reflete em resultados possíveis de monetizar, gerando um ciclo de alavancamento constante.
Eu te convido a fazer um passeio pelos corredores da sua empresa, observando a tudo como se fosse um turista, descobrindo lugares e pessoas, e se encantando com ambos.
Quanta diversidade você observa ao seu redor? Em sua equipe? Na sala de reuniões? Na mesa do almoço? Se você não encontrou pluralidade alguma, talvez seja um sinal de que seu negócio está prestes a sair do mapa.
(*) – É economista, investidor e apresentador do Manhattan Connection.