Márcio Ferreira (*)
As exigências do mercado de trabalho se renovam continuamente. Por isso, é importante que o profissional tente inovar seus diferenciais ao longo de sua carreira.
Não é novidade para ninguém que as empresas valorizam mais os profissionais que se atualizam com novos cursos e metodologias; que frequentam congressos e workshops, buscando estar a par de novas tendências; ou que aprendem novas línguas para se comunicar melhor com o mercado. Sem dúvida, essas práticas fazem toda a diferença para que, em algum momento de sua carreira, você suba de cargo.
Mas o que, via de regra, faz com que uma pessoa seja tão desejada pelo mercado de trabalho? O que elas têm de diferente para serem tão cobiçadas? A resposta é simples. Elas possuem um conjunto de competências técnicas e comportamentais atemporais; valores que “não caem de moda”, mesmo com as mudanças de exigências do mercado. São habilidades simples, mas essenciais para o sucesso na carreira.
A primeira delas é a prática do saber ouvir. Uma escuta respeitosa, aberta para entender o outro, livre de estereótipos e preconceitos. Ouvir atentamente o colega, com atenção e, sobretudo, interesse. Outra atitude importante é o falar. Ter segurança para expor ideias, pensamentos, problemas e soluções. Ser objetivo, claro e ter uma boa desenvoltura. Uma prática que vai de encontro à impulsividade, uma vez que, antes de falar, o profissional precisa organizar seus pensamentos.
Ser proativo é outra característica que pode engrenar a carreira. É o famoso “mover-se”; ser dinâmico e atento às necessidades dos colegas de trabalho, dos superiores, e, consequentemente, da organização. Tão importante quanto ser proativo é saber trabalhar em equipe. Dificilmente um profissional subirá de cargo se não souber compartilhar conhecimento e as tarefas diárias com seus colegas. O crescimento profissional passa por relacionamentos. Muitas pessoas subestimam as relações pessoais na atividade atual, mas não deveriam.
Outro comportamento que deve ser trabalhado é o espírito de liderança. É certo que nem todo mundo nasceu para exercer um cargo de líder e, certamente, nem todos chegarão a ser um dia. O fato é que trabalhar o espírito de liderança implica em contribuir para que os outros se desenvolvam. Simultaneamente, o profissional que tem esse traço, seja líder ou não, desempenha um grande papel de cooperação dentro das empresas. Contribuir para o desenvolvimento do outro envolve um grande aprendizado pessoal que acomete o autoconhecimento de cada um. Um exercício importante que os profissionais devem exercer no dia a dia.
Por último, mas não menos importante, está a postura profissional. Ser aberto e flexível é um grande começo para abrir portas. Enfim, o sucesso de cada um dependerá de onde se quer chegar. Independente de qualquer coisa, colabore, contribua e compartilhe, sempre.
(*) – É Gerente de Capital Humano do Mercantil do Brasil.