Dayse Costa (*)
Estar em conformidade com as normas e leis do país é dever básico de todo empreendedor. Apesar de já ser um velho conhecido do mercado, o compliance é um dos temas mais aquecidos atualmente, sendo cada vez mais investido nos últimos anos por empresas de todos os portes e segmento. Sua implementação traz benefícios que vão muito além do que apenas assegurar essa adequação legal, principalmente, quando apoiado por recursos tecnológicos robustos essenciais para garantir seu propósito.
Segundo dados divulgados pelo relatório “O Real Custo do Compliance Contra Crimes Financeiros”, cerca de US$ 274 bilhões foram direcionados ao estabelecimento de programas de compliance ao redor do mundo em 2022 – um aumento de mais de US$ 60 bilhões quando comparado a 2020. No Brasil, 73% das empresas pretendem intensificar seus investimentos em treinamentos de conformidade até 2024, de acordo o que prevê outro estudo conduzido pela Deloitte.
Mesmo sendo uma determinação legal, os motivos que justificam esse aumento significativo de recursos em prol do compliance são muito mais abrangentes. Ao determinar um conjunto de ações e políticas internas direcionadas para essa adequação, sua incorporação possibilita que as empresas construam uma governança muito mais assertiva, identificando riscos que possam comprometer seu funcionamento e implementando uma gestão muito mais aderente ao seu máximo desempenho.
A eficiência na cadeia produtiva é um dos maiores ganhos sentidos com este programa, eliminando tarefas repetitivas que representem perda de tempo, recursos e esforços humanos que poderiam ser direcionadas a ações muito mais estratégicas para seu destaque. Tudo isso, aliado a uma enorme segurança interna de suas operações, assegurando a proteção dos dados e evitando vazamentos que comprometam seu sigilo e reputação.
Se engana, contudo, quem acredita que as vantagens do compliance se restringem apenas à otimização da cadeia produtiva corporativa. As empresas que, genuinamente, se comprometem a implementar e assegurar essa adequação, demonstram um verdadeiro compromisso ético e responsável na forma pela qual conduzem o negócio. Isso faz com que certamente aumente a confiança dos clientes, investidores, e futuros parceiros de negócios, que é algo bem-visto, e com certeza será lembrado por cada vez mais interessados em ingressar em seu ecossistema.
No entanto, não podemos deixar de citar que, com os avanços da transformação digital, a tecnologia passou a desempenhar um papel fundamental para a eficácia do compliance. Afinal, tendo um sistema robusto como base deste programa, é garantido o controle e rastreio das operações da empresa, automatização de tarefas, anexação e administração de todos os seus documentos, backup periódico, e muitas medidas de segurança em aderência à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Todas essas facilidades trazidas através da tecnologia demandam que ela integre todo o programa de compliance organizacional – em um processo que, definitivamente, demandará mudanças e adaptações significativas, principalmente no que diz respeito ao mindset corporativo e a rotina dos times.
Passar por mudanças não é algo fácil para muitos, o que pode fazer com que haja certa resistência em alguns profissionais ao lidarem com essas transformações. Por isso, contar com o apoio de uma consultoria com a expertise no ramo dará o suporte necessário para orientar as companhias nessa jornada.
Afinal, não há um único caminho a ser seguido, e será papel desta empresa especializada auxiliar na criação da estrutura adequada que una essa obrigatoriedade legal aos objetivos do negócio – mapeando os riscos que possam lhe causar danos e garantindo sua conformidade com o apoio tecnológico. Um investimento que, sem dúvidas, trará todos os recursos necessários para evitar gastos, multas, mitigar riscos de fraudes e, assim, impulsionar a marca em seu segmento.
(*) É controller financeira na H&CO Brasil, consultoria internacional de tecnologia e terceirização de serviços profissionais.